Vários materiais do nosso dia a dia, depois de usados, são considerados lixo e jogados fora. Porém, quando separados corretamente, eles podem ser reutilizados e reciclados - são os chamados resíduos sólidos. Muitos deles, se submetidos a tratamentos adequados, podem retornar para a cadeia produtiva, o que implica em benefício econômico e ambiental.

Comuns em nosso cotidiano, muitos produtos demoram anos para se degradaram. A fralda descartável, segundo dados da CEMPRE (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) demora 600 anos; plásticos, 450; latas de alumínio, 200; lata de conserva, 100; náilon, 30; tampa de garrafa, 15; madeira pintada, 13; filtros de cigarros, 2; panos, 1. Vidros e pneus, tempo indeterminado.

Aqueles que se eximem de cuidar de seus resíduos - seja por falta de orientação ou por preguiça - prejudicam gravemente a saúde pública e o meio-ambiente. Basta lembrar das enchentes que, produzidas por bueiros entupidos, atrapalham o cotidiano dos grandes centros urbanos.

Latas de alumínio: resíduo que gera economia e emprego

Apesar desse quadro, há boas notícias. O Brasil reciclou 89% de todas as latas de alumínio vendidas em 2003. Com esse índice, o país destaca-se como líder mundial no setor, pelo terceiro ano consecutivo, considerando as nações onde esta atividade não é obrigatória por lei. A apuração dos dados foi realizada pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal), em conjunto com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas).

O índice de 89% corresponde a um volume de 112 mil toneladas de latas de alumínio ou 8,2 bilhões de unidades, aproximadamente. De acordo com estimativas da Abal, a atividade gera emprego e renda para mais de 160 mil pessoas, desde a coleta até a transformação final da sucata em novos produtos.

A reciclagem de latas de alumínio proporcionou também, em 2003, uma economia de energia de cerca de 1.576 GWh/ano, o que equivale a 0,5% de toda a energia gerada no país e o suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes.

Taxa de lixo

Em São Paulo, mobilizar moradores a procurar uma cooperativa de catadores de material reciclado para implantar coleta seletiva num condomínio pode gerar economia. Além das dezenas de famílias impulsionadas à reciclagem - e a conseqüente disseminação da consciência ambiental - haverá a redução na taxa de lixo.

A taxa do lixo é cobrada de acordo com o que a prefeitura supõe ser a média mensal da produção de resíduos de cada imóvel, excluindo o que foi encaminhado à reciclagem. Ela varia de R$ 6,14 a R$ 61,36 por mês, mas o contribuinte pode discordar da estimativa do governo e pagar o valor que achar mais correto.

FEILIMP 2004: Soluções para resíduos sólidos

A solução para estes problemas passa pela conscientização social, empresarial e o conhecimento das formas de lidar com os resíduos sólidos. Atenta a estes fatos, a Exponor realiza, entre os dias 26 e 28 de maio, a terceira edição da FEILIMP - Feira Internacional de Produtos, Equipamentos e Serviços para Resíduos Sólidos e Limpeza Pública, em parceria com a ABRELPE - Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. A feira é oportunidade para empresários, técnicos e engenheiros conhecerem as novidades do setor de resíduos sólidos (lixo) e limpeza pública.

Paralelamente à feira, ocorre o Resilimp - Seminário Internacional de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana. Ambos os eventos propõem como tema de referência "Soluções para Resíduos Sólidos: da Geração ao Destino Final", com a finalidade de identificar os melhores processos e soluções para esta área.

Durante o evento haverá a premiação Troféu FEILIMP - Gestão Cidadã, para as cidades brasileiras que encontrarem as melhores ações e soluções em relação ao destino final de resíduos sólidos no meio ambiente.

A FEILIMP acontece entre os dias 26 e 28 de maio no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Horário de funcionamento da feira: 10h00 às 19h00 (no dia 26) e das 11h00 às 19h00 nos dias 27 e 28. Mais informações na EXPONOR Brasil, localizada a Av. Angélica, 2466, cj. 154, São Paulo (SP). Fone: (0**11) 3151-6444.