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SEÇÃO
Educação
07/10/2005 - 15h29
Brinquedo é coisa séria
Maria Irene Maluf
 

Nesta época em que os pedidos infantis para o dia da criança começam a tomar conta das conversas dos pais e avós, há alguns aspectos que vale a pena comentar.

Primeiro, nenhum brinquedo, por mais atraente que seja, terá valia se não for recomendável para a idade da criança.

Segundo, brincar é interagir, criar, manipular, desenvolver funções motoras e de raciocínio, o que significa que o brinquedo deve ser adequado para a criança usufruir livremente dos seus momentos de fantasia e de progressiva construção da realidade.

Terceiro, a criança pequena não tem noção do preço do brinquedo. O que vale é que seja do seu agrado e o quanto possa se divertir e aprender com ele. Assim, um brinquedo muito simples e barato, pode ter o mesmo efeito de encantamento, quanto um outro muito caro, o qual os pais tenderão a guardar ou a ditar tantas recomendações, que farão a brincadeira perder a graça.

Relaciono alguns jogos e brincadeiras que podem auxiliar os pais a decidirem o que presentear neste dia da criança de uma forma adequada. Mas lembro: mais importante que o presente ou o brinquedo, é a brincadeira, o calor humano, a amorosidade envolvida no ato de presentear! Vamos lá.

Bebês até um ano de idade estão desenvolvendo o aspecto sensorial e motor de sua inteligência e captando informações do meio ambiente o tempo todo. Os móbiles ou brinquedos presos ao berço ou carrinho, sejam de pano ou plástico macio, sem pontas ou pedaços que se podem soltar, atóxicos, com desenhos alegres, sonoros, coloridos, que permitam o exercício viso auditivo motor, que se possam manipular e colocar na boca, são ideais. Valem ainda os brinquedos para a hora do banho, os CDs com música apropriada para bebês, os tapetes acolchoados e os chocalhos. Dos seis aos doze meses é importante estimular o bebê a se movimentar e para isso, os tapetes macios, as bolas de pano, são bons presentes.

Entre um e dois anos de idade os brinquedos de empurrar são muito apreciados, assim como carrinhos ou bichinhos com rodinhas. Aos dois anos, as crianças gostam muito das brincadeiras ao ar livre, com brinquedos que possam ser movimentados, como carrinho, pião, triciclo, balanço, o escorregador mini. Adoram ouvir histórias e folhear livros de pano, assim como rabiscar com giz de cera grosso. As meninas começam a se interessar por bonecas com roupinhas para serem trocadas. Massinhas, tintas e pincéis fazem a alegria de todos, assim como os primeiros brinquedos de armar, encaixar e ainda alguns instrumentos musicais como a flauta doce, o xilofone e o tambor. O cavalinho de madeira, os fantoches, as marionetes e dedoches, podem ajudar a entretê-los nas tardes de chuva.

Por volta dos três anos, a criança começa a ser capaz de brincar com outra e vivenciar o mundo do faz-de-conta. Começa a apreciar os jogos simbólicos, nos quais se representa uma coisa por meio de um significante diferente. Bonecas, brinquedos coloridos que imitem objetos do cotidiano, como panelinhas, pratos, ferramentas, carrinhos, são muito apreciados. Tudo que permite encaixar, empilhar, pintar, pedalar, enfiar contas grandes, traz grande alegria às crianças dessa faixa etária.

A partir do 4º aniversário, é comum gostarem de brincar com outras crianças e os jogos de memória, quebra-cabeças, dominós, assim como a bicicleta de rodinhas, o teatro de sombras, o kit jardinagem e o playground, os entretêm por longos períodos. Interessam-se pelo uso do computador para CDs de jogos apropriados à sua idade, apreciam aprender a letra de músicas infantis e gostam mais que nunca das tintas, dos lápis de cor e da massinha de modelar.

De modo geral, presentear a criança dos cinco a sete anos é fácil. Existem no mercado inúmeros brinquedos com controle remoto, bicicletas, jogos com bolas, quebra-cabeças de 20 peças, além de pipas, ioiô, bilboquê, corda, peteca, Três Marias, gude, jogos de tabuleiro, jogos de mercado etc. Os pais vão acompanhando o desenvolvimento da criança através de suas brincadeiras e preferências pelos jogos de construção, aumentando gradativamente a semelhança com a realidade. O brincar de escolinha é um exemplo.

A partir dos sete anos e até os dez anos, as crianças costumam pedir jogos de mercado, skate, patins, novas bicicletas. O desenvolvimento agora se dá mais em grau de dificuldade do que na área sensório viso motora. Começam a gostar de jogos de regras por já terem regras claramente constituídas. Estes levam a criança a desenvolver a consciência, a prática e a interação social. Apreciam jogos de desafios no computador, por exemplo, e de fazer aulas de esportes e música. Já possuem desenvolvimento motor fino desenvolvido e são geralmente alfabetizadas: começam a apreciar livros e a escrever em álbuns de lembranças e diários. Acompanham os pais com maior facilidade em passeios e viagens, o que vale por um bom presente!


Nota do Editor: Maria Irene de Matos Maluf é pedagoga especialista em Psicopedagogia, presidente Nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia e editora da revista Psicopedagogia.

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