AACD faz alerta sobre importância da prevenção
Em 11 de outubro, é comemorado o Dia do Deficiente Físico. Trata-se de data muito importante para nove milhões de cidadãos brasileiros, suas famílias, amigos e toda a sociedade. A Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) alerta sobre a necessidade de prevenir doenças e acidentes causadores de paraplegia e tetraplegia e ressalta a importância da inclusão social. Especializada em tratamento e recuperação de pessoas portadoras de deficiência física há 55 anos, a AACD sabe o quanto a prevenção pode contribuir para reduzir o percentual de brasileiros paraplégicos ou tetraplégicos ou com algum tipo de paralisia. A prevenção tem duas vertentes mais importantes: evitar acidentes (de automóveis, com armas, quedas e mergulhos) causadores de lesões traumáticas e doenças que podem levar à deficiência, como a mielomeningocele, que pode ser prevenida pela ingestão de ácido fólico. Neste aspecto, a AACD comemora, neste 11 de outubro, o fato de ter conseguido que se aprovasse lei, já em vigor, tornando obrigatória a adição do produto em todas as farinhas produzidas e comercializadas no País. Quanto aos acidentes traumáticos, os dados são mais preocupantes. De acordo com pesquisa da Clínica de Lesão Medular da AACD, 73,4% dos deficientes tratados pela instituição adquiriram o problema por acidentes de carro, armas de fogo e queda. A clínica de Lesão Medular da AACD revela, ainda, que, deste universo, 43,5% de seus pacientes sofreram lesões em razão de acidentes por armas de fogo. Os dados estatísticos dos últimos três anos também mostram que 83,5% dos pacientes são do sexo masculino e 68,3% estão paraplégicos. Cerca de 81,9% dos lesados medulares (paraplégicos e tetraplégicos) foram vítimas de algum tipo de acidente (trauma). O restante corresponde a lesões não-traumáticas, provocadas por algum tipo de doença. Dentre o universo pesquisado, 62,7% vivem na cidade de São Paulo e Região Metropolitana, 31,6% no interior paulista e os demais em outros estados. Inclusão social De acordo com dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), há hoje, no Brasil, 24,6 milhões de pessoas portadoras de deficiências (PPDs). Destas, mais de nove milhões são portadoras de algum tipo de deficiência física. Assim, 11 de outubro é data importante para a conscientização da sociedade. A AACD, além de reabilitar seus pacientes, luta por sua inclusão social. Para a diretora vice-presidente voluntária da entidade, Ika Fleury, não apenas neste dia, mas sempre, "a sociedade deve conscientizar-se da prioridade de desenvolver condições para que não haja exclusão social". A adoção desta postura permitiria que, em alguns anos, não fosse mais necessário tratar da inclusão das pessoas portadoras de deficiências. "Hoje, a luta pela inclusão e igualdade está, basicamente, fundamentada no direito de ir e vir e de produzir com o trabalho. Sem dúvida, estas questões são muito relevantes, mas não são as únicas. É importante que as pessoas comecem a ver os portadores de deficiências além de suas diferenças". A AACD Instituição filantrópica especializada no tratamento de pessoas portadoras de deficiência física, mantém amplo serviço de assistência médica, pedagógica e social voltado, principalmente, às crianças e adolescentes, promovendo a sua reabilitação e reintegração social. Hoje, 96% dos pacientes nada pagam pelo tratamento. A AACD realiza cerca de cinco mil atendimentos por dia em suas sete unidades: Central (Vila Clementino/SP), Mooca (SP), Osasco (SP), Recife (PE), Uberlândia (MG), Porto Alegre (RS) e Nova Iguaçu (RJ).
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