Divulgação      A primeira Dama de Ubatuba, Denise César e as filhas Maria Eduarda e Ana Luiza.

• Poupatempo identifica mais de 600 alunos da rede municipal em Ubatuba

A Secretaria de Educação de Ubatuba promoveu no último sábado, 5, mais uma ação do Poupatempo, para providenciar carteiras de identidade aos alunos da rede municipal de ensino. Dessa vez o Poupatempo esteve na escola municipal Maria Josefina Gigglio Silva, no bairro da Estufa II.

"Com esta ação ultrapassamos a marca de mil alunos da rede municipal que foram identificados neste ano. Vale lembrar que confecção do documento foi totalmente gratuita e os alunos receberão os documentos na própria escola. Essas ações propiciam aos alunos a sensação de serem cidadãos", salientou Edison Soler, coordenador do Projeto Identidade e Cidadania da Secretaria da Educação.

A primeira-dama do município, Denise César, levou suas filhas Maria Eduarda e Ana Luiza para solicitarem o documento de identidade. "Elas gostaram muito de toda essa movimentação. A expectativa delas para a chegada do documento é grande", disse Denise.

O Poupatampo enviou a Ubatuba uma equipe de 22 funcionários sob a supervisão de Isabel Falcão e coordenação de Andréa Madeira, que trabalhou em parceria com funcionários da Secretaria de Educação totalizando aproximadamente 60 pessoas.

• Secretaria de Educação de Ubatuba apresenta projeto em seminário da USP

Escolas da Região Norte apresentaram trabalho desenvolvido com a comunidade

O projeto "Aprendendo com a Natureza, aprendendo com a comunidade", representou a Secretaria de Educação de Ubatuba, no seminário "História e memória caiçara" , que foi realizado entre os dias 31 de outubro a 4 de novembro na USP (Universidade de São Paulo). O evento, promovido pelo NUPAUB (Núcleo de Apoio a Pesquisa Sobre Populações Humanas e Áreas Úmidas Brasileiras), debateu a produção historiográfica, antropológica e sócio-ambiental a respeito das comunidades caiçaras.

A Secretaria de Educação de Ubatuba apresentou um projeto desenvolvido nas escolas municipais Professor Iberê Ananias Pimentel (Picinguaba) EM do Camburi e EM Manoel I. A. dos Santos (Sertão do Ubatumirim). O projeto "Aprendendo com a Natureza, aprendendo com a comunidade" trata dos temas ambientais relacionando-os ao conhecimento dos alunos e das comunidades sobre a natureza e sua relação com a mesma.

Nesse processo, ampliam-se as oportunidades de aprendizado, conhecendo e reconstruindo o universo da cultura caiçara através de entrevistas com moradores, aulas de artesanato, estudo do meio destacando o manguezal. Os professores em processo contínuo de capacitação assistem a palestras com profissionais das seguintes áreas: biologia, pedagogia, psicologia, fonoaudiologia, agronomia, entre outros, e analisam o bairro e os costumes da comunidade, conhecendo casas de farinha, obtendo relatos de vida dos moradores mais antigos.

Em cada unidade escolar observam-se diferentes etapas. Na EM do Camburi, está sendo construída, com materiais da natureza (bambu, barro etc.), uma sala de aula, biblioteca e uma sala destinada à prática de atividades culturais, em parceria da ONG Bamboostick. Trata-se de um relato de experiência de educação ambiental em processo, entre comunidades caiçaras com profundo respeito e interesse pela cultura local, em parceria com a Casa da Agricultura CATI - Ubatuba e a ONG Bamboostick.

Além da apresentação dos trabalhos desenvolvidos pela Secretaria da Educação, uma mesa redonda com o tema "Espaço, Memória e Cultura Caiçara" foi realizada. Entre os participantes Juan Droguett , Jorge Otávio Fonseca, Juliana Marcondes Bussolotti, Patrícia Ortiz. Elaine Regina Branco expôs o tema Espaço de contato de remanescentes de quilombos em Ubatuba e Daniela Cardoso da Silva apresentou o painel Enseada do Mar Virado, litoral sul de Ubatuba.

• Escola de Ubatuba implanta projeto para intervenção no processo de alfabetização

A EM Prefº Silvino Teixeira Leite implantou o Projeto de "Intervenção no processo de alfabetização", com o objetivo de oportunizar alfabetização de qualidade para alunos que não apresentavam desenvolvimento lingüístico e cognitivo adequado. Elaborado pela psicopedagoga Maria Aparecido Spin, contratada pela APM (Associação de Pais e Mestres) da Escola, o Projeto é uma segunda oportunidade, bem sucedida à crianças, que cursam a 1ª e 2ª séries do ensino fundamental.

Numa visão da escola inclusiva, e buscando restabelecer o prazer em aprender, a direção da escola remanejou os alunos para salas a cargo das professoras Jaci Rosane de Fátima Alves, Rogéria do Amaral Brito de Lima, Ana Cristina S. Alvarenga e Marlene Selma dos Santos, que aceitaram o desafio de trabalhar conforme a proposta do citado projeto e obtiveram excelentes resultados.

O trabalho educativo busca a integração bio-psico-social destes alunos, com atividades que vão desde a aprendizagem de conceitos espaço temporais e quantitativos (pré-requisitos para a alfabetização, através de jogos e brincadeiras no pátio da escola), à conscientização da função social da escrita, com passeios pelo bairro para conhecimento do conteúdo de cartazes, outdoors e placas, além das atividades na sala de aula, como textos pictóricos, desenhos sobre histórias narradas enfatizando a fonética, e atividades de linguagem e cognição mediadas, buscando o aprender.

Alunos que apresentavam anteriormente, dificuldades para acompanhar satisfatoriamente o processo de alfabetização, tinham sua auto-estima prejudicada, mas incorporaram novas competências, tornando-se de fato mais capazes, independente das causas das dificuldades que apresentavam.

A diretora da escola, Solange Cristina de Barros, acredita que é necessário acreditar sempre. "Recupera-se assim, um vínculo positivo com o saber, com brincadeiras e jogos, de forma concreta, respeitando o momento de desenvolvimento da criança e a adequação do seu nível, de acordo com a maneira individual de construir conhecimentos. É necessário investir independente de quaisquer circunstâncias na capacidade que o aluno têm, dada às condições necessárias ao seu amadurecimento; de aprender, mas aprender com prazer", avaliou a diretora.

Ainda de acordo com Solange é necessário um engajamento de todos para encontrar novos caminhos para a educação. "Repensar o papel da educação hoje é o desafio de todos nós educadores e sociedade em geral, no país do desemprego é necessário cada vez mais cidadãos criativos para este meio tão competitivo, se queremos um futuro melhor devemos acreditar que o aprendizado é possível mesmo quando tudo indica o contrário meio a realidade que nos cerca", concluiu.