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Surfe
09/11/2005 - 12h20
Kelly Slater é heptacampeão mundial
João Carvalho
 
Damien Hobgood derrota Victor Ribas nos últimos segundos da decisão em Imbituba. Kelly Slater é heptacampeão mundial no Nova Schin Festival WCT Brasil
 
Caio Guedes 
  Kelly Slater levantando o troféu de campeão mundial da temporada no Nova Schin Festival WCT Brasil 2005 em Imbituba (SC).

O Nova Schin Festival WCT Brasil 2005 apresentado pela Billabong terminou com uma grande festa norte-americana nesta terça-feira em Imbituba. Kelly Slater comemorou o heptacampeonato mundial, quando o havaiano Andy Irons foi derrotado pelo australiano Nathan Hedge nas quartas-de-final. Já o título da penúltima etapa da temporada ficou com Damien Hobgood, que garantiu a vitória nos últimos segundos da grande final, frustrando o imenso público que torcia para o cabo-friense Victor Ribas. Mesmo assim, Vitinho festejou o vice-campeonato que o levou da 25ª para a 14ª posição no ranking e também confirmou sua permanência na elite do surfe mundial que vai disputar o ASP Foster’s World Championship Tour (WCT) no ano que vem. Além dele, o carioca Raoni Monteiro também subiu no pódio dividindo o terceiro lugar com o australiano Nathan Hedge. Mas, todo o clímax do campeonato foi quando Irons perdeu nas quartas-de-final, com a torcida explodindo numa grande vibração para o novo integrante do seleto grupo de atletas que conseguiram conquistar sete títulos mundiais.

Além dele, só o piloto Michael Schumacher, o ciclista Lance Armstrong, o motociclista Valentino Rossi, o iatista brasileiro Robert Scheit, que é o único octacampeão da lista, assim como o santista Picuruta Salazar, que já faturou oito vezes o título brasileiro de longboard. Kelly Slater foi derrotado nas oitavas-de-final por uma pequena diferença - 14,07 x 13,66 pontos - pelo sul-africano Travis Logie. Na disputa seguinte, Andy Irons quase quebra o recorde do próprio Slater ao somar 17,10 pontos de 20 possíveis na vitória sobre o australiano Bede Durbidge. Mas, ele ainda precisava passar mais uma bateria para poder levar a decisão do título mundial para a etapa final no Havaí.

Só que o australiano Nathan Hedge acabou dando o heptacampeonato para Kelly Slater com uma apresentação impecável na Praia da Vila. Ele pegou apenas duas ondas. Na primeira, arrancou uma nota 9, mas Andy Irons deu o troco com um 9,13. Na segunda, tirou nota 8,7 para estabelecer um novo recorde de 17,70 pontos para o Nova Schin Festival WCT Brasil 2005 e Andy Irons nem voltou à arena do evento, saindo correndo bem longe do público direto do mar para o carro do seu patrocinador. "Estou muito feliz por ter dado o título para o Kelly, que realmente foi o melhor surfista neste ano e mereceu o heptacampeonato. Agora, ele fica me devendo uma e vou cobrar quando precisar de uma ajuda assim", brincou Nathan Hedge.

A competição continuou e enquanto o cabo-friense Victor Ribas derrotava o vice-campeão mundial Joel Parkinson na última quarta-de-final, todas as atenções estavam voltadas para o pódio, com Kelly Slater recebendo o troféu de campeão mundial de 2005, sete anos depois do último que conquistou, em 1998. "Foi muito nervoso ficar assistindo da praia, mas no final foi um alívio muito grande. Eu tive uma manhã muito difícil com minha derrota, não consegui encontrar a onda que precisava e cometi alguns erros, mas o Hedge fez uma grande bateria, pegou as melhores ondas do campeonato e agora é só festejar", falou Slater, número 1 do mundo em 1992/94/95/96/97 e 1998, quando abandonou as competições e retornou em 2002, quando encontrou o havaiano Andy Irons no topo, inclusive sendo bicampeão mundial numa final contra ele em Banzai Pipeline.

"Quando eu perdi e vi o Andy surfando muito bem, lembrei daquela decisão, mas ainda bem que tudo terminou aqui", disse Kelly, que elogiou o tricampeão mundial. "Se não fosse por ele, não sei se estaria empolgado para correr o circuito. Ele é muito bom e sei que tenho que me esforçar para chegar no nível dele. Eu tinha que ser muito bom para vencer ele e tinha que surfar bem bateria por bateria, porque ele é muito consistente. Isso foi bom para todos, para o esporte e para mim também", contou Kelly Slater, que acredita que o surfe está atingindo um novo estágio.

"As pranchas mudaram, houve uma inovação também nas manobras, novas ondas foram descobertas, os campeonatos passaram a ser disputados em ondas de qualidade, com período de espera, o julgamento também mudou e tudo isso colocou o surfe num nível mais alto, isso faz parte da evolução do esporte, que tende a crescer mais e mais", analisou o heptacampeão mundial, que ainda não projetou o que fará no futuro. "Só sei que vou para o Havaí mais relaxado, vai ser como férias para mim".

Voltando ao Nova Schin Festival WCT Brasil 2005, toda a torcida era para uma vitória verde-amarela no Brasil que não acontece desde que o paranaense Peterson Rosa foi campeão na Barra da Tijuca em 1998. O carioca Raoni Monteiro derrotou os australianos Mick Fanning e Kirk Flintoff, mas não achou as ondas na semifinal contra o norte-americano Damien Hobgood, que acabou vencendo com facilidades por 14,23 x 8,70 pontos. "Pena que as ondas não vieram, mas foi a primeira vez que eu cheguei numa semifinal do WCT e estou muito feliz com o resultado. Agora, tenho mais três chances de garantir minha permanência no WCT lá no Havaí, duas nas etapas finais do WQS em Haleiwa e Sunset e também no WCT em Pipeline", falou Raoni, que subiu da 38ª para a trigésima posição no ranking do WCT.

Na chave-de-baixo, o cabo-friense Victor Ribas começou o último dia do Nova Schin Festival WCT Brasil 2005 despachando o norte-americano Tim Reyes na terceira fase. Depois, passou pelo número 3 do ranking, Phillip MacDonald, nas oitavas-de-final e ainda derrubou mais dois australianos, o vice-campeão mundial Joel Parkinson e o algoz de Andy Irons, Nathan Hedge, antes de chegar na grande final. Vitinho liderou a bateria decisiva até quando Damien Hobgood pegou uma onda há 40 segundos do fim e virou o resultado, frustrando a imensa torcida que lotou a Praia da Vila na terça-feira. O resultado final ficou em 12,30 x 11,50 pontos, com o norte-americano levando o prêmio máximo de 30.000 dólares.

Vitinho ganhou 16.000 dólares e ficou feliz com o resultado, pois colocou o Brasil no seleto grupo dos top-16 do WCT, passando a ocupar a 14ª colocação na classificação geral das dez etapas disputadas. "Muita gente falou para mim que a nota 8,17 que ele tirou não valia tudo isso, mas tenho que respeitar a avaliação dos juízes e só fico triste por ter perdido assim no último minuto, mas a diferença era muito pequena - 3,33 pontos - e o Damien também surfou muito bem durante todo o dia. Infelizmente não deu para levar o caneco de campeão, mas melhorei bastante no ranking e espero conseguiu outro bom resultado em Pipeline para me manter entre os 16 melhores surfistas do mundo. Foi muito bom e só tenho que agradecer Santa Catarina, toda essa galera que torceu por mim, foi demais o campeonato e faltou só um pouquinho para ganhar", disse Victor Ribas.

O Nova Schin Festival WCT Brasil 2005 foi apresentado pela Billabong e teve a Nova Schin como principal patrocinador, contando ainda com o co-patrocínio do Governo do Estado de Santa Catarina e da Tropical Brasil, única marca de surfwear presente no evento desde a sua primeira edição, além do apoio do Portal Terra e divulgação da Revista Fluir, Rádio Atlântida FM e site Waves/Terra. O evento é realizado pela Gate Serviços e Eventos e Federação Catarinense de Surf (FECASURF) e foi transmitido ao vivo pelo SPORTV e pelos sites http://waves.terra.com.br - www.aspsouthamerica.com.br.

Nova Schin Festival WCT Brasil 2005

Resultado:

Campeão: Damien Hobgood (EUA) - US$ 30.000 e 1.200 pontos

Vice-campeão: Victor Ribas (RJ) - US$ 16.000 e 1.032 pontos

Terceiros colocados: Nathan Hedge (AUS) e Raoni Monteiro (RJ) - US$ 10.000 e 876 pontos

Quintos colocados: Andy Irons (HAV), Joel Parkinson (AUS), Travis Logie (AFR) e Kirk Flintoff (AUS) - $ 8.000 / 732

Ranking WCT 2005 - após 10 etapas

01: Kelly Slater (EUA) - 7.896 pontos
02: Andy Irons (HAV) - 7.260
03: Phillip MacDonald (AUS) - 6.060
04: Mick Fanning (AUS) - 6.028
05: Damien Hobgood (EUA) - 5.826
06: Trent Munro (AUS) - 5.618
07: Taj Burrow (AUS) - 5.512
08: C. J. Hobgood (EUA) - 5.248
09: Nathan Hedge (AUS) - 5.236
10: Cory Lopez (EUA) - 4.960
11: Joel Parkinson (AUS) - 4.689
12: Bruce Irons (HAV) - 4.643
13: Frederick Patacchia (HAV) - 4.638
14: Victor Ribas (RJ) - 4.558
15: Jake Paterson (AUS) - 4.511
16: Dean Morrison (AUS) - 4.309

20: Paulo Moura (PE) - 3.987
26: Peterson Rosa (PR) - 3.756
28: Marcelo Nunes (RN) - 3.660
30: Raoni Monteiro (RJ) - 3.513
44: Renan Rocha (SP) - 2.170
45: Guilherme Herdy (RJ) - 2.090
46: Bernardo Pigmeu (PE) - 1.760

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