Em 1970, a população do Brasil era de 90 milhões de habitantes. Hoje, esse número dobrou. De acordo com o IBGE, em 2050 seremos quase 260 milhões e nossa expectativa de vida será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses atualmente. Um dos maiores problemas sociais é o aumento do índice de natalidade, sobretudo entre os adolescentes: dados da pesquisa "Saúde Brasil 2005" do Ministério da Saúde apontam que 25% dos partos no País provêm de mulheres com idade entre 10 e 20 anos. A conscientização da necessidade de um planejamento familiar é questão de saúde pública no Brasil e é preciso difundir a importância dos métodos contraceptivos.

Cerca de 27 mil meninas entre 10 e 14 anos deram à luz em 2003. Os jovens equivalem a 30% da população brasileira e o problema é que ainda existe um fosso social, com muitas diferenças entre pobres e ricos. Para citar um exemplo, o risco de uma criança negra ou parda morrer por doenças infecciosas ou parasitárias antes de completar cinco anos é 60% maior do que entre crianças brancas.

A pesquisa Saúde Brasil ajudará a reorientar as políticas públicas, mas já existem ações educativas por parte da iniciativa privada. "É importante que a mulher escolha como e qual o melhor momento para ter um filho. Para tanto, ela necessita de informações que a ajudem a programar-se para esse momento tão importante e que tem impacto na vida dela e na da família. E enquanto a gravidez não acontece, é fundamental que se conscientize da necessidade de uma vida sexual apropriada e responsável", diz Renata Mello Correa, gerente da linha Especialidades da Boehringer Ingelheim do Brasil. Ela é coordenadora de um projeto que leva - gratuitamente a todo o Brasil - palestras sobre planejamento familiar. Interessados, sejam empresas públicas ou privadas, postos de saúde, sociedades amigos de bairro etc., devem ligar no número 0800-55-5998. O projeto teve início no 3º trimestre de 2005 e sua continuidade no ano que vem depende da procura por interessados.