O verão 2005/06 começa nesta quarta-feira dia 21, às 16h45, e deve apresentar condições normais para cada região. Enquanto o Sul vai enfrentar o seu período seco, o restante do Brasil terá chuvas dentro da média.
Depois de tantas chuvas neste final de Primavera, há quem pense que o verão será um dilúvio. Na realidade, o verão que começa nesta quarta-feira, dia 21 de dezembro, às 16h35, vai se comportar dentro dos padrões climatológicos normais para cada região do Brasil. E o que seria considerado normal? Muita chuva e sol alternados. O verão se caracteriza por um período chuvoso na região Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. No entanto, estas chuvas estarão próximas da média histórica, sem grandes anomalias. E assim vai se desenrolar o Verão 2005/06: dias mais longos com sol nascendo mais cedo, além de mudanças rápidas, como tempo bom pela manhã e nublado durante a tarde, com pancadas de chuva acompanhadas de relâmpagos e trovões no final do dia. Por outro lado, como é comum no sul do Brasil, o final do ano que marca o início do verão termina de novo com a preocupação das estiagens. O destaque fica para o sul do Rio Grande do Sul e a Campanha Gaúcha que desde novembro enfrenta problemas de escassez de chuva com conseqüências nas pastagens, lavouras de verão e até no abastecimento de água. Para a Região Sul, a expectativa é de chuvas variando entre normal a abaixo da média, especialmente na metade sul do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina e do Paraná. Conforme análise da SOMAR Meteorologia, há risco de estiagens regionalizadas, principalmente na Fronteira Oeste, na Campanha e na fronteira com o Uruguai, mas nada que possa ocasionar tanto alarde, visto que esta é a condição de verão para o sul do Brasil: tempo seco. Em algumas regiões, a estiagem vai começar mais cedo, provando que os períodos secos estarão diluídos ao longo do verão. "Esta situação é diferente das últimas safras, quando a falta de chuva ficou concentrada em fevereiro e março, afetando diretamente a lavoura de soja" - diz o meteorologista Paulo Etchichury da SOMAR Meteorologia. Este cenário de pouca chuva vai, pelo ou menos, até abril. Paulo observa uma alternância entre períodos de precipitação e os mais secos, determinados pela passagem de frentes frias, o que pode, em partes, ajudar as lavouras. No entanto, em relação ao abastecimento de água, o problema tende a continuar. Etchichury salienta que a expectativa de um novo episódio de La Niña para 2006, mesmo que de fraca intensidade, pode retardar ainda mais a regularização do abastecimento. A nova estação também marca um aumento significativo da umidade relativa do ar em quase todo o país, o que se reflete na sensação de calor, dando a impressão de que a temperatura do ar está bem acima do valor real. Esta sensação ocorre pois o ar saturado de umidade permite uma menor perda de calor através do suor. Assim, uma pessoa que está em Manaus, por exemplo, a uma temperatura de 32 graus Celsius e umidade relativa de 95%, certamente sentirá mais calor do que uma pessoa no Rio de Janeiro, a uma temperatura de 35 graus Celsius e umidade relativa de 60%. Além do aumento da temperatura, é importante lembrar que no verão aumenta também a radiação solar, que através dos raios ultravioleta pode provocar queimaduras e até mesmo câncer de pele nos casos mais extremos. Antes de pegar um sol, vale a pena consultar os índices dos raios ultravioleta, com até 5 dias de antecedência, no site www.tempoagora.com.br.
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