Eis que vejo Olhos esbugalhados, Carcomidos... Pela própria alma Entocada na mofada carcaça, Putrefaz, Pela natureza medíocre que a habita De alma fingida E frígida, Que estremece ao cantar do galo E faz-se desfalecer Ao crepúsculo do Astro Rei.
Eis que vejo Criaturas pérfidas, Vazias por opção, Compulsivamente estúpidas por paixão E, doentias como seu algoz Que lhe rasga a carne E a minguada dignidade, Por ser inerte, Sem luz, Fazendo-se alcova da covardia, Noite e dia No singrar de suas pífias vidas...
Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.