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Educação
11/03/2006 - 05h29
A importância da psicopedagogia
Maria Irene Maluf
 

Ao lado daquelas pessoas que acompanham, compreendem e aceitam o aparecimento das novas profissões, há sempre alguém mais resistente, que, embora conheça e viva cercado de produtos sofisticados e de última geração, ainda reluta em acreditar que as novas especialidades profissionais na área da educação e da saúde vieram para ajudar a resolver problemas e não para criá-los.

De pessoas assim, se escuta: "no meu tempo não havia psicopedagogos e a criançada aprendia"... "Para que um psicopedagogo, se eu venci sozinho minhas dificuldades?"... "Antigamente toda classe tinha um ou dois alunos piores e não esse número enorme de crianças que hoje a escola manda ao psicopedagogo".

Infelizmente, muitas crianças são vítimas de pais que lhe dão tudo, menos a oportunidade de se tornarem autônomas. Pois é isso que acontece quando, fechando os olhos à realidade, os pais negam a importância que uma dificuldade de aprendizagem representa para seu filho, desde a rejeição social, a baixa auto-estima, a evasão escolar, o fracasso pessoal e profissional e suas conseqüências.

Quando a escola seguia o método tradicional, o que se pretendia era a aquisição de muitos conhecimentos. Quem, com mais de 30 anos, não se lembra de passar horas decorando "matéria" para uma prova? Porque era isso exatamente que representava estudar: memorizar fatos, datas, acontecimentos etc. Assim, quem não estudava, ou seja, não passava boa parte do dia exercitando sua memória, era mau aluno, porque conseqüentemente não reproduzia na prova o texto do livro ou as palavras da professora e, assim, tirava notas baixas.

Hoje, a situação é outra: a exigência mudou de lugar. Ter boa memória é importante, mas não basta. Estudar agora é compreender, classificar, analisar, sintetizar, estabelecer relações e tirar conclusões próprias, baseadas em fatos ou em dados comprováveis. É ser autor, alguém capaz de expor coerentemente suas idéias, pensamentos, acrescentar conhecimento ao conhecimento. E isso depende de um aparelho cognitivo e emocional competente e não apenas de memorização!

Então, o que acontecia antigamente com as crianças com dificuldades no aprender? O método tradicional era melhor para elas? Sem discutir a metodologia, respondo: elas eram ignoradas nas suas dificuldades, pois bastava a mãe, a avó ou a professora particular estudarem com elas, "tomarem o ponto", ensiná-las a memorizar com uma série de "dicas", para que as notas vermelhas sumissem dos boletins.

Mas essas crianças cresceram, foram para a faculdade, escolhendo na grande maioria das vezes profissões nas quais não se exigia conhecimentos e nem habilidades nas suas áreas de maior dificuldade.

Hoje sabemos que essas pessoas não conseguiram reunir o melhor de si, a totalidade de suas competências e nem investir seu potencial na escolha e no seu desempenho profissional. Porém, no século XXI, a exigência do mercado de trabalho vai permitir cada vez menos essas limitações.

Ao contrário do que dizem algumas pessoas, não aumentaram as indicações para os consultórios de psicopedagogia por livre iniciativa das escolas ou dos médicos. O desenvolvimento das neurociências, do conhecimento sobre o funcionamento emocional e mental, o aprimoramento de testes, a globalização, a democratização do acesso às pesquisas, vieram enriquecer as condições dos profissionais da educação e da psicopedagogia em diagnosticar. E decorrente desse fato, as intervenções, começaram a ser mais diretivas e com grande oportunidade de sucesso.

Dificuldades no aprender devem ser trabalhadas desde muito cedo e por profissionais especializados em aprendizagem humana: os psicopedagogos. Não hesite em procurá-los. Seu filho, no futuro, lhe agradecerá!


Nota do Editor: Maria Irene de Matos Maluf é pedagoga especialista em Psicopedagogia, presidente Nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia e editora da revista Psicopedagogia.

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