Invasão e destruição do patrimônio privado exigem atitude firme das autoridades públicas contra os criminosos. É preciso manter a ordem.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) manifesta seu mais absoluto repúdio à recente invasão e depredação - atos criminosos de puro vandalismo -, feitas às instalações do Horto Florestal da Fazenda Barba Negra, em Barra do Ribeiro (RS), de propriedade da companhia Aracruz Celulose. Em ações de guerrilha, realizadas pelo grupo "Via Campesina", com o apoio do Movimento dos Sem-Terra (MST), cerca de duas mil mulheres entraram à força em área privada e produtiva da empresa, rendendo e ameaçando funcionários, destruindo parte do viveiro de mudas e o laboratório de pesquisas. Tal ação criminosa, realizada no último dia 8 deste mês, sem reais justificativas, causou graves prejuízos a uma das maiores empresas brasileiras, líder mundial na produção de celulose branqueada de eucalipto, responsável por cerca de 10 mil empregos diretos e geradora de divisas da ordem de 1 bilhão de dólares anuais. A sociedade brasileira, em recente e específica pesquisa de opinião pública realizada pelo Ibope (fevereiro/2006), demonstrou sua preocupação com a "passividade governamental" diante desse tipo de ação criminosa contra o patrimônio privado. Segundo apontou a pesquisa, a população vê o governo "conivente" com este tipo de crime que, nos últimos dias, vem crescendo e se espalhando por todo o País. A Fiesp está absolutamente solidária com a empresa atingida, bem como com o repúdio, a insatisfação e a expectativa também demonstrados pelas entidades de classe do setor de celulose e papel, em "Comunicado" publicado dia 13/3 em jornais de circulação nacional. Mais do que isso, a Fiesp espera das autoridades públicas, em todos os níveis envolvidos, providências imediatas para a mais severa punição dos culpados, e, principalmente, que sejam montados mecanismos de proteção aos que, neste País, trabalham e produzem em busca do desenvolvimento. "Não podemos mais tolerar crimes praticados por equivocadas razões políticas, sob o risco de por omissão nos tornamos cúmplices de quem os comete", alertou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
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