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COLUNISTA
Herbert Marques
07/05/2006 - 07h08
País do faz-de-conta
 
 

O ministro Marco Aurélio de Mello, ao assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, fez um pronunciamento dos mais duros que se tem notícias nos dias de hoje, conclamando a sociedade a fazer uso do poder revolucionário do voto. Indignado com os rumos políticos que estamos trilhando, colocou seu cargo a disposição para dar início a uma guerra cívica para resgatar a dignidade de um povo que está vendo todos os seus princípios éticos e morais serem jogados na lada de lixo pelos agentes públicos que tomaram de assalto a nação. Segundo ele, vivemos em um país do faz-de-conta, exemplificando: “Perplexos, percebemos, na simples comparação entre o discurso oficial e as notícias jornalísticas, que o Brasil se tornou um país do faz-de-conta. Faz de conta que não se produziu o maior dos escândalos nacionais, que os culpados nada sabiam, o que lhe daria uma carta de alforria prévia para continuar agindo como se nada de mal houvessem feito.”

Minha pergunta é a seguinte. Será que após uma manifestação vinda de um dos mais sérios, cultos e corajosos ministros da Suprema Corte, as coisas continuarão do mesmo jeito? Continuaremos acreditando que nosso presidente e seus asseclas sãos as pessoas mais indicadas para dirigir o país por mais quatro anos? Transcrevo mais um trecho do discurso: “São tantas e tão deslavadas as mentiras (...) que já não se pode cogitar somente de uma crise de valores, senão de um fosso moral e ético que parece dividir o país em dois seguimentos estanques: o da corrupção (...) e o da massa comandada que, apesar do mau exemplo, esforça-se para sobreviver e progredir.”

O noticiário nos informa a cada dia, prisões, indiciamentos e investigações dos mais variados agentes públicos, todos eles reagindo veementemente sobre a acusação que lhes estão sendo imputadas. É o direito de defesa. Contudo o envolvimento é de tamanha monta que nem descerebrado pode acreditar nas suas versões. Mas o pior é que estamos acreditando e aí mora o perigo. À massa comandada, que tanto se esforça para sobreviver e progredir, somente resta o poder revolucionário do voto que detemos em nossas mãos. É esse poder, o único que poderá modificar alguma coisa. Poderá modificar profundamente alguma coisa.


Nota do Editor: Herbert José de Luna Marques [1939 - 2013], advogado militante em Ubatuba, SP.
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