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COLUNISTA
Herbert Marques
10/10/2006 - 17h11
Guerra sem vencedor
 
 

Foi decretada uma guerra de bom tamanho entre os dois candidatos que disputam a política brasileira nesta próxima eleição. E por que a guerra? Porque são entre dois partidos da mesma origem, com a mesma política, mas com lideranças e dirigentes totalmente diferentes.

Lula fez sua estrutura partidária sobre uma classe menos favorecida, mas paulatinamente politizada pelos partidos socialistas europeus, que ao final acabaram não dando certo no velho continente. De qualquer forma, aqui, a estrutura somente deu certo para dar início ao partido, apagando seu aprendizado, como os europeus assim fizeram, para aderir a nova ordem mundial do social liberalismo. Assim, temos um candidato perfeitamente afinado com as idéias modernas de política liberal, contudo cercado por elementos retrógrados, ainda com o pensamento voltado para o socialismo rançoso de antanho. Daí o velho conceito de meios justificarem o fim, o fim que procuram dar a uma democracia, se jovem, mas pelo menos saudável quanto aos seus princípios, e é esse clássico e pernicioso princípio que está levando o partido de Lula praticar os mais levianos e criminosos métodos para manter-se no poder.

Geraldo Alckmin, de partido aparentemente oposto, tem a mesma origem. Ambos foram opositores no governo do passado verde oliva, fizeram parte dos movimentos democráticos e nos cargos que ocupam ou ocuparam, rezaram e rezam pela cartilha do neoliberalismo sem modificar uma vírgula. Contudo Alckmin demonstra um perfil mais sóbrio, um comportamento mais equilibrado, um comedimento mas sério com as coisas públicas. Daí fazer seu discurso centrado em economia no sentido de arrocho, combate a corrupção e tudo o mais que o outro também discursa.

Resta saber o eleitor onde fica. O primeiro turno demonstrou claramente que o Brasil ficou dividido em duas regiões perfeitamente definidas. O norte e nordeste, classicamente menos desenvolvido, eleitor em massa do candidato Lula, o sul e centro sul, região mais desenvolvida, permitiu levar Alckmin para o segundo turno. Por que essa acentuada diferença? Há muito já se fala em dois brasis, ou vários brasis. Será que é isso mesmo? Será que uma divisão seria a melhor solução para termos Lula e Alckmin governando ao mesmo tempo? Poderia até ser uma boa. De um lado Lula a fazer metáforas sobre futebol, freqüentar churrascos, peladas e voar. Espaço no norte e nordeste é que não falta. De outro, Alckmin, talvez mais sério, não sei, mas impulsionando uma região que tem tudo para dar certo e só não deu ainda é porque vivemos em uma desigualdade de culturas perfeitamente delimitadas entre o norte e o sul. As razões, Gilberto Freire explicou.


Nota do Editor: Herbert José de Luna Marques [1939 - 2013], advogado militante em Ubatuba, SP.
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