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COLUNISTA
Ricardo Yazigi
11/03/2014 - 07h00
Bolsa Brasil
 
 

O Brasil está definhando. O povo inerte não reage mais a tantas falcatruas, desmandos, violência, injustiças descaradas.

O povo, cada vez mais ignorante, vítima de um sistema de ensino que ocupa a lanterninha mundial, está abobalhado e seduzido pela compra de votos através das dezenas de “bolsas” distribuídas pelo generoso governo.

Bolsa Família, Bolsa Alimentação, Bolsa Cidadão, Bolsa Trabalho, Bolsa Maternidade, Bolsa Gás, Bolsa Permanência, Bolsa Copa, Bolsa Olímpica, Bolsa Ditadura, Bolsa Escola, Bolsa Pipa e mais dezenas de Bolsas podem realmente ajudar na melhoria da renda per capita, mas desestimulam o cidadão a trabalhar perante o salário fácil garantido.

Os benefícios já atingem mais de um quarto da população brasileira e estão aumentando geometricamente.

Temos Bolsas, mas não temos escolas, hospitais, presídios, estradas, portos, aeroportos, ferrovias.

Temos Bolsas, mas não temos mais respeito, dignidade, segurança, paz.

Temos Bolsas, mas temos também uma das maiores cargas tributárias do mundo, afinal alguém tem que pagar a conta de tantas Bolsas e tanta corrupção.

A infraestrutura do país está aos frangalhos, estradas esburacadas e sem sinalização, portos sem infraestrutura de acesso, aeroportos com gente saindo pela culatra, escolas sucateadas, presídios sem segurança, hospitais entupidos de leitos pelos corredores sem médicos, equipamentos e medicamentos.

A violência cresce assustadoramente sem controle, vítima da impunidade que frequenta todas as esferas.

Matar e roubar tornaram-se termos tão comuns como comer e vestir.

Criminosos são sustentados pelo estado enquanto crianças vivem nas ruas violentas, sem comida, sem higiene, sem educação, sem saúde, sem infância.

A justiça que seria nossa única esperança como instituição independente tornou-se política ao invés de imparcial, traindo sua própria essência.

O que já fora o país do futebol hoje é um país sem rumo, sem esperanças palpáveis, sem meta, sem governo e sem futebol.

O futebol tornou-se uma arena de guerra de falsas torcidas organizadas bancadas pelos clubes.

Os estádios faraônicos torraram nosso dinheiro em prol de uma Copa que só trará benefício para os organizadores e seus cupinchas.

A ditadura militar foi cruel com nossos amigos desaparecidos e amputou nossa liberdade.

Mas a ditadura dessa falsa democracia está amputando nosso amor à pátria, nossos sentimentos, nossas esperanças, nossa vontade de viver num país apodrecido.

Essa falsa democracia permissiva e perdulária está incentivando o mau caratismo, os bandidos, os corruptos, a justiça a ficar cada vez mais cega e a todos os que querem depenar a pátria em favor de seu bem-estar pessoal. De bandeja ainda os estimula a transgredir as regras e as leis acobertando suas transgressões.

Mas como estamos vivos sempre temos esperança.

Particularmente não creio em milagres.

A solução passa por muito sofrimento e gestão rigorosa. Sem rigor nada acontecerá.

Temos que ser intolerantes, duros, implacáveis. Não podemos dar trégua por maior que seja o apelo.

Estamos aos 45 do segundo tempo perdendo de 4 a 0. Mas há um segundo jogo.

Sabemos que o juiz foi comprado e os jogadores são mais fortes que nós. Mesmo assim temos como vencer. É só mostrar ao que viemos.

O futuro de nossos filhos depende de nossa vitória.

Vamos lembrar ao juiz que ele também tem filhos, vamos mostrar aos outros jogadores que somos duros na queda. Vamos jogar pesado. Zaga impecável, ataque arrasador.

Rolo compressor neles que eles são do mau. Contra o mau vale tudo, até ser mau também.

Afinal, cortesia se paga com cortesia.


Nota do Editor: Ricardo Yazigi é engenheiro civil, mestre em ciências pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
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