O ar, em 2020, foi um artigo de luxo. Talvez se pudéssemos criar um roteiro para este ano pandêmico, todos os atos, bem como a distribuição das cenas, teriam como gênero textual a tragédia de um ano que não aconteceu. Por conta de alguns organismos acelulares (e figurantes), nós, indivíduos de fácil socialização, fomos encurralados dentro do nosso próprio casulo. Nele, além de aprendermos a lidar com gente da nossa própria tribo, acompanhamos essa “onda” viral dilacerando vidas, esvaziar escolas, frustrar sonhos, acuar as nossas crianças e acentuar a desigualdade social entre os nossos coirmãos. Não há nenhum suspense neste “argumento”, o ano dois mil e vinte apagou, definitivamente, as luzes da vida de muitos personagens tidos como protagonistas da sua própria história. Todavia, um novo tempo está raiando. E nele, haverá um impacto de grandes mudanças (significativas) nas estações. As folhas secas (e murchas) desta árvore chamada 2020, darão lugar para uma nova folhagem. Retomaremos, ainda que seja de forma gradual, o convívio social. Nas escolas, tanto os professores quanto os alunos serão recebidos com muitos aplausos. Por isso, seja resiliente, otimista, persistente, criativo, flexível, grato e empático. Neste ano de 2021, a nossa locomotiva não dará pane e, tampouco, descarrilhará. Nota do Editor: Leandro Silva, historiador e pedagogo. Pai de Théo de Souza e esposo de Aline Junior.
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