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Opinião
08/01/2021 - 06h06
Covid-19: tratamento precoce (de baixo custo)
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Quando boa parte dos estados e municípios reativa hospitais de campanha e toma outras providências para enfrentar o novo avanço da pandemia, chama a atenção a determinação do novo prefeito de Porto Alegre (RS), Sebastião Melo (MDB). Tratar precocemente com hidroxicloroquina, ivermectina e outros medicamentos tradicionais e de baixo custo, os pacientes logo após testarem positivo. E, ao mesmo tempo, manter em funcionamento a economia do município - restaurantes, bares, shoppings, comércio de rua e prestadores de serviços - observadas as medidas sanitárias básicas como o uso de máscaras, assepsia das mãos, distanciamento pessoal e não aglomeração.

Ao mesmo tempo em que setores advertem que os medicamentos do tratamento precoce não têm eficácia cientificamente comprovada para o combate ao coronavírus (um mantra que vem sendo repetido desde a chegada do mal epidêmico), torna-se interessante observar que o tratamento do mal em sua fase inicial é recomendado por experientes especialistas nacionais e internacionais como forma de evitar que o quadro se torne grave e exija internação e cuidados em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Lembremos, ainda, que os medicamentos tradicionais custam menos de R$ 100 a caixa com 30 comprimidos, enquanto a execução dos protocolos indicados para pacientes graves se eleva a alguns milhares de reais. Ainda mais: se conseguir barrar a infecção na fase inicial, os pacientes que responderem bem ao tratamento estarão salvos e não necessitarão do socorro mais oneroso, que restará disponível como retaguarda aos que chegarem ao estágio grave da epidemia.

A partir dessa corajosa decisão do prefeito Melo, a capital gaúcha - que tem 1 milhão e 483 mil habitantes e hoje registra 78.339 casos e 1.878 óbitos decorrentes da Covid-19 - passa a ser vista como referência no combate à pandemia. Em vez de participar da indigesta e estéril discussão sobre medicamentos, quarentenas e formas de combate, parte para o tratamento primário que poderá resultar na tão discutida comprovação (ou não) da eficiência dos medicamentos simples. O prefeito não seria louco a ponto de tomar atitudes desse porte sem ter o assessoramento de autoridades do meio científico e de saúde do município e, pela natureza do trabalho, sua equipe acompanhará a evolução do quadro de cada um dos pacientes precocemente tratados para chegar à conclusão, que será uma importante contribuição à ciência. Ninguém tem, a priori, meios de garantir o acerto da medida. Mas, em curtíssimo prazo, os números nos darão a informação. Se diminuírem os novos casos de doentes ou pelo menos reduzir o percentual de letalidade, o esforço porto-alegrense terá produzido os efeitos desejados e, principalmente, gerado o conhecimento que poderá beneficiar outras localidades brasileiras e até do exterior cujas populações padecem. E essa experiência ocorrerá sem riscos pois, se os níveis continuarem os mesmos, restará provada a ineficiência até hoje não definida do tratamento precoce e dos antivirais simples e baratos. Mas os pacientes não terão sido prejudicados porque, da forma que se procedeu desde o começo da pandemia, fatalmente iriam para a internação e o tratamento de alto custo e enfrentariam a possibilidade da falta de vaga. Os que não responderem ao tratamento precoce ficarão onde estariam se o novo sistema não tivesse sido implantado.

Mais uma vez repetimos. O enfrentamento a Covid-19 requer união, comprometimento, desprendimento e até patriotismo dos envolvidos. As contendas que temos assistido no setor não podem continuar. Os governantes e seus auxiliares têm nas mãos a nobre missão de salvar vidas. Se não cumprirem, estarão desonrando o mandato popular...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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