02/05/2024  17h15
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
08/01/2021 - 06h10
Como será 2021?
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

O que a globalização trouxe de bom para a humanidade? Como será organizada a vida e o abastecimento de oito bilhões de bocas? Os suprimentos estão sob pressão. Não é por acaso que alguns itens produzidos na natureza têm seus preços reajustados. Os acontecimentos estão mostrando aspectos perigosos do atual sistema econômico. Os países deixaram de produzir internamente e se tornaram reféns da produção externa e do transporte. Se nada for feito, muito em breve teremos crises não imaginadas no abastecimento e na segurança social.

A economia se distanciou da meta de promover a continuada melhora nas condições gerais de vida, passando a priorizar o objetivo de acumular capital financeiro e poder. O resultado é a gritante instabilidade geral e o aumento da miséria coletiva. Cada povo tem de se voltar para si mesmo, para a melhoria interna, criando oportunidades, trabalhando com esmero, recebendo a adequada compensação, aproveitando as horas de lazer de forma construtiva.

As condições de vida vêm piorando, pois não há tempo para viver, aprender e ser feliz. A Europa sempre tirou proveito do resto do mundo. A Inglaterra interferiu em tudo em benefício próprio. Os EUA inventaram o dólar e tomaram conta do mundo. A China quer recuperação de seu passado difícil e se tornar forte e poderosa, transformando-se na usina do faz tudo.

O Brasil está pendurado nas dívidas. A situação não comporta bravatas nem brincadeiras. Reativar a economia e manter a autonomia são imperativos. O acúmulo de dificuldades para a economia do país foi criado ao longo de várias décadas de políticas inadequadas, no câmbio, nos juros, na indústria, na educação, que foram castrando o touro que havia na economia brasileira.

A forte geração de empreendedores que puxavam a produção e o consumo no século 20 perdeu o pique, ou quebrou, ou se desfez das empresas. A renda evaporou para empregados em geral, pequenos empresários, serviços, locatários; assim fica difícil a recuperação do nível passado. Aquecidos estão a Bolsa e o bitcoin em função do dinheiro que saiu da renda fixa, mas são operações de risco e não se sabe até onde isso vai.

O Brasil e o mundo têm de voltar ao natural, ao respeito às leis da vida. Se isso tivesse ocorrido, não teríamos chegado ao descalabro da explosão demográfica e do despreparo geral, atraindo precarização crescente. Natural seria o alvo de conduzir a espécie humana ao aprimoramento para que ela não descaísse aos abismos da fome, das pandemias, da corrupção e tantas baixarias. Pela frente virão 365 dias; o que vai mudar para o bem da humanidade?

O Brasil está sem rumo há tempos. D. Pedro II tinha uma visão geral do mundo, trabalhou para eliminar o trabalho escravo, mas a dinastia extrativista se mantinha inflexível na produção agrícola de exportação sem técnica. Com a república corrupta ficou pior. Muitos presidentes e governadores foram uns inúteis e nada fizeram pelo país. Alguns generais não compreendiam a estrutura monetária criada em Breton Woods e endividaram o país sem criar uma base sólida de indústria e tecnologia; o resto tem sido só remendos e despreparo geral. As trevas encobrem o Brasil que precisa de estadistas patriotas e sábios, que semeiem contentamento e gratidão sob a Luz da Verdade.

O termo "estado-nação" implica uma situação em que os dois são coincidentes. O estado-nação afirma-se por meio de uma ideologia, uma estrutura jurídica, a capacidade de impor uma soberania sobre um povo num dado território com fronteiras, com uma moeda própria e forças armadas próprias também. Tudo deveria surgir de forma natural no livre mercado com propriedade privada, concorrência e produção decidida pelas empresas em atendimento às necessidades dos consumidores.

A ideia era boa, mas foi corroída, faltou o reconhecimento das leis naturais da Criação como base, e os homens criaram as próprias leis segundo suas cobiças e interesses próprios. Corrupção e decadência se espraiaram pelo mundo. A população atingiu níveis impensados. A ignorância subiu às cabeças. O que virá agora pelo mundo? Como será 2021? Se o ser humano se tornar um ser mais humano tudo será mais fácil de resolver e teremos um ano melhor.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola - o manuscrito que abalou o mundo”, “2012... e depois?”, “Desenvolvimento Humano”, “O Homem Sábio e os Jovens”, “A trajetória do ser humano na Terra - em busca da verdade e da felicidade” e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida” (Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.