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Opinião
15/01/2021 - 05h52
Chega de mimimi!
José Luiz Boromelo
 

Como se já não bastasse a vergonhosa batalha pública de egos pela paternidade dos imunizantes a serem distribuídos para a população, agora os mandatários se estranham para sincronizar o início da vacinação. Dentre as empresas que disponibilizam o imunizante estão a Universidade de Oxford e do Laboratório AstraZeneca (Inglaterra/Suécia), o laboratório chinês Sinovac que vai importar e também produzir no Instituto Butantan a vacina Coronavac, além da Pfizer/Bointech (EUA/Alemanha), do laboratório Janssen (braço da empresa Johnson & Johnson, dos EUA), do Instituto Gamaleya (da Rússia, que desenvolve a Sputnik V) e da empresa indiana Bharat Biotech (que desenvolve a vacina Covaxin). Nota-se, portanto, que opções não faltam para proteger a população. O que estaria, então, dificultando o início da vacinação?

A princípio, se aguardaria a liberação da Avisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que dará a palavra final. Outra questão recai sobre a eficácia dos imunizantes. Não obstante afirmações prematuras e inoportunas de determinado governante candidatíssimo nas próximas eleições, o resultado oficial determinará o grau de eficácia. É sabido que todos os imunizantes dos diferentes laboratórios atingiram níveis superiores a 50% em segurança e eficácia, portanto, em tese, estariam habilitados a receberem imediatamente a liberação do órgão nacional de saúde, mesmo que em alguns casos, na condição de autorização emergencial. Os questionamentos são, portanto, mais que pertinentes no momento: por que a demora nos processos de liberação dos imunizantes? Será possível que estaremos sempre a anos-luz de distância das nações desenvolvidas, visto que em diversos países a população já recebeu até mesmo a segunda dose da vacina? Quem são os verdadeiros responsáveis por esse atraso criminoso? Se os governantes se mostraram incompetentes em lidar com a pandemia, incluindo nesse rol de morosidades a incapacidade em desembaraçar os processos de liberação de vacinas, onde está o Poder Judiciário, tradicionalmente o porto seguro dos direitos da coletividade? Por que os eminentes Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ante a escandalosa inércia do governo federal, não determinam o início imediato da imunização nos entes federados que já possuam disponibilidade do medicamento e logística adequada para tanto?

São apenas ilações, mas que certamente povoam a mente do cidadão brasileiro, temeroso com o avanço da doença. O momento requer medidas pontuais e acertadas por parte dos mandatários desse País. Não se admite mais conversa fiada e ironias de todo tipo, ainda mais partindo daquele que tem, por obrigação do exercício do cargo, o dever de zelar pela saúde da população. Chega de papo furado. Chega de mimimi...


Nota do Editor: José Luiz Boromelo, escritor e cronista em Marialva, PR.

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