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Opinião
27/01/2021 - 05h26
Sem segunda dose aos fura-fila
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Adequada a decisão da juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal de Manaus, que impede a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 naqueles que furaram a fila. Além da proibição, a sentença determina que o vacinado indevido, se insistir em receber a dose adicional, seja preso em flagrante e apresentado ao Judiciário para as providências cabíveis. É uma postura que deveria estar presente em todas as localidades onde a fila dos prioritários foi descumprida. Oposta ao prefeito da capital amazonense, que ameaçou proibir a postagem de fotos da vacinação nas redes sociais, o que não repararia o desvio, mas serviria para esconder os errantes, normalmente pessoas importantes que, valendo-se da "carteirada" e do tráfico de influência, burlaram a ordem de vacinação.

Ainda temos um grande tempo a seguir no processo de vacinação. Deveriam os governos federal, estaduais e até os municipais definir penalidades para quem conseguir se vacinar antes da fila de imunização chegar ao seu grupo. Punir tanto o vacinado quanto o vacinador que aplicar a dose em desacordo com a escala de prioridade e as orientações recebidas. O estabelecimento de grupos prioritários para tomar a vacina não é aleatório. Atende a critérios científicos que identificam os indivíduos sob maior risco de serem infectados pelo coronavírus e desenvolver a síndrome respiratória e outros males que demandam internação com entubação e podem levar à morte. Imunizar quem não corre esses riscos pode ensejar óbitos dos vulneráveis que, com a vacina, são evitáveis.

Desde a aprovação e liberação da Coronavac e da Oxford pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que também autorizou sua produção nacional pelo Instituto Butantã e Fiocruz, a vacinação tornou-se atividade prioritária. Quem fazia charme dizendo que não ia se vacinar está contando os dias à espera da chegada de sua vez. Até entre os que furaram a fila existe quem falou contra a vacina nas redes sociais e, com seu ato antissocial, demonstrou no mínimo falta de seriedade.

Que as autoridades de saúde criem mecanismos seguros para que as vacinas não voltem a cair nas mãos de oportunistas que a elas ainda não têm direito. E, se isso vier a acontecer, sejam acionados os órgãos de controle, auditorias e denúncia para que os responsáveis sejam formalmente enquadrados e apresentados ao Poder Judiciário. O Brasil não pode ser indefinidamente o "país do jeitinho", especialmente quando isso pode custar vidas. Quem pretende ser vacinado tem de provar fazer parte dos grupos em atendimento. Sem isso, jamais...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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