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Opinião
13/02/2021 - 07h22
Precisamos falar sobre produtividade
José Manoel Ferreira Gonçalves
 

Quais são os fatores que merecem ser tratados como prioritários em uma retomada econômica? Muito se fala em reformas, mas há problemas crônicos enraizados na atividade econômica que permanecem à espera de uma solução.

A falta de produtividade é um deles.

A produtividade do trabalho no Brasil cresceu apenas 0,4% ao ano entre 1996 e 2005 e 2% entre 2006 e 2011, abaixo de vários países emergentes.

Para aumentar a produtividade, é necessário elevar a taxa de inovações diretas por parte das empresas, a absorção de tecnologia dos países na fronteira e a realocação da produção e do emprego para as firmas mais eficientes.

A inovação e a capacidade de absorção dependem da concorrência no mercado, políticas de incentivos, capital humano e práticas gerenciais.

Apesar de suas várias políticas de incentivos à inovação, o Brasil apresenta baixa produção de patentes e gastos em P&D, principalmente entre o setor privado. Isso ocorre porque a maior parte dos incentivos acaba sendo absorvida por um número pequeno de grandes empresas.

Além disso, o governo brasileiro tem fornecido várias formas de proteção e subsídios para essas empresas, o que desestimula a concorrência e a adoção de práticas gerenciais modernas.

Por fim, e talvez o mais importante, o país tem carência de capital humano, pois a qualidade da educação básica é muito ruim, e o número de graduados nas áreas científicas, pequeno.

Esses fatores explicam a falta de inovações no Brasil. Para aumentar a taxa de inovações e o crescimento da produtividade, o país precisa estimular a concorrência, com redução de tarifas de importação e impostos, diminuição da burocracia para abertura de novas empresas e fechamento daquelas que forem ineficientes.

Além disso, é necessário melhorar a qualidade da nossa educação básica, aproximar as universidades das empresas e coordenar nossos esforços de inovação.

Sustentar a qualificação e atualização do engenheiro em altos patamares é uma premissa desse esforço em prol da renovação. É preciso valorizar a educação tecnológica continuada e incentivar que ela possa ir além, incorporando preocupações ligadas à cidadania, como o impacto social e ambiental das grandes obras, projetos e intervenções públicas.

O profissional engenheiro é um aliado do desenvolvimento tecnológico e, consequentemente, do segmento empresarial, do bem-estar social e do crescimento do país.

Engenharia e pesquisa não são custos!


Nota do Editor: José Manoel Ferreira Gonçalves é engenheiro, jornalista, advogado, professor doutor, pós-graduado em Ciência Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, integrante do Engenheiros pela Democracia e presidente da Ferrofrente.

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