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Opinião
14/02/2021 - 06h03
Liderança sustentável e Covid-19
Thaísa Passos
 

No cenário atual, a sustentabilidade passou a ser prioritária para a sociedade. Vivenciamos dores na nossa alma e forte impacto social e financeiro em uma crise de saúde pública sem precedentes, que já levou mais de 230 mil vidas só no Brasil.

Foi preciso esse turbilhão da pandemia da Covid-19 para colocarmos uma lente de aumento em nossas atitudes e velhos hábitos, revendo nossas relações com o mundo e com as pessoas. No microcosmo de nossas casas, evitamos pequenos e grandes desperdícios e compreendemos que já era mais do que hora de nos desapegarmos de tudo o que estava em excesso. Já no macro, colocamos na pauta do dia cada fração de nossa existência e os impactos que causamos ao planeta, bem como nossas relações com as pessoas com quem estamos conectados, sejam parentes, amigos ou colegas de trabalho.

Com todas essas questões sendo colocadas em xeque, surge a necessidade de uma nova liderança empresarial, que faça da sustentabilidade uma prioridade, um meio e um fim.

É mais que oportuno falar sobre liderança sustentável, nesse momento. O líder deve ter uma visão holística para compreender o sistema em que está inserido e suas relações.

De modo geral, as companhias e seus gestores devem inspirar. Cada vez mais, no futuro, os negócios estarão atrelados a propósitos. E uma companhia de sucesso será aquela que atende ao maior número de pessoas com o mínimo de recursos. As organizações não podem continuar prosperando em um mundo de miséria, desigualdades, discriminação e desgastes ambientais.

Essas questões já estavam ganhando evidência nos últimos tempos e a sociedade percebeu que, sim, é preciso reparar as injustiças sociais e pôr um ponto final ao desrespeito com o meio ambiente.

A “liderança sustentável” surgiu para responder aos anseios de sociedade e deve ser um modelo de gestão 100% proativa, em cada universo, em cada casa, no trabalho e com todos que importam.

O líder sustentável atua com clareza, iluminando questões obscuras e semeando o bem comum. Suas ações devem ter significado. Devem se basear em experiências multidisciplinares, que desafiem os paradigmas consolidados há anos, considerando uma revisão de papéis e dos modelos mainstream.

A inteligência emocional é parte fundamental do processo para enxergar a empresa e a si mesmo como parte de um propósito maior. É preciso levar em consideração todas as vidas ligadas àquela organização, despertando a confiança de todos os stakeholders, dos colaboradores aos clientes, passando pelos investidores e acionistas.

Os gestores devem exercer sua liderança em benefício de favorecer a sociedade e o meio ambiente, a fim de moldar o futuro.

Mas é preciso desenvolver algumas competências para exercer este novo modelo de liderança. É fundamental ter a mente aberta, pensar fora da caixa e investir no aprendizado contínuo, invocando a ética e a moral como valores básicos, dando suporte às ações cotidianas.

E é primordial, ainda, buscar e promover equipes com diversidade, já que grupos de pessoas de diferentes gêneros e origens são capazes de ampliar as visões de mundo e a capacidade de entendimento sobre o próximo. Isso torna o mundo mais cheio de possibilidades e enriquece o diálogo e a inovação.

Um líder sustentável buscará meios de redesenhar processos e produtos, para conquistar a alta performance e a melhoria contínua.

E mais: é crucial ter disposição para trabalhar com o time, fornecedores e clientes para a construção do capital social da empresa, com a finalidade de buscar novas oportunidades de mercado.

Por fim, há ainda, um requisito indispensável: a coragem, o maior trunfo dos líderes letrados em sustentabilidade. Não se pode simplesmente agradar os acionistas e se preocupar apenas com o retorno financeiro e com o lucro da empresa. É é aí que entra em ação a habilidade de compreender o panorama geral e planejar o futuro da organização, tendo em vista os âmbitos social e ambiental.

Há motivos evidentes na liderança sustentável. Entre eles, as práticas que são social e ambientalmente responsáveis são capazes de reduzir gastos operacionais e melhorar as relações com todos os públicos de interesse. Além disso, melhora-se o clima organizacional, o lucro aumenta e as vantagens competitivas são evidentes.

Como líderes sustentáveis podemos, enfim, aprender a servir às pessoas e à sociedade, lutando por um propósito maior. É reconfortante e satisfatório atuar em um ambiente onde a recompensa é fruto do sucesso de toda a comunidade empresarial. Eis a força motriz da liderança sustentável.


Nota do Editor: Thaísa Passos, gerente de marketing global da S.I.N. Implant System.

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