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07/03/2021 - 06h42
Escolas abertas na fase vermelha
 
 
Prós e contras dessa questão tão delicada

Com o agravamento da pandemia, o Governo João Doria anunciou quarta-feira (3/3) que todo o Estado irá voltar à fase vermelha, a mais restritiva, na qual vão funcionar apenas os serviços essenciais e as escolas.

Essa é a primeira vez que SP manterá as escolas abertas durante a fase vermelha, e, por isso, a decisão causou espanto para boa parte da população.

O especialista em Educação Ismael Rocha, com doutorado na área e diretor acadêmico do Iteduc (Institute of Technology and Education), explica que há prós e contras das escolas permanecerem abertas e que essas variáveis devem ser levadas em conta, assim como a realidade de cada estudante.

Como regra geral, ele enfatiza que há uma vertente de especialistas (médicos pediatras, sanitaristas, infectologistas etc.) que defende que o impacto negativo de se manter as escolas fechadas é muito maior do que o perigo da transmissão e que o ambiente escolar apresenta um risco potencialmente baixo para a escalada da Covid-19.

Segundo essa corrente, conforme conta Ismael, as escolas fechadas representam enormes prejuízos para a aprendizagem, além de danos para o desenvolvimento dos estudantes e para a saúde mental deles. Esse grupo de médicos aponta ainda que, quando não estão em funcionamento, as escolas tendem a aumentar as desigualdades sociais e a violência doméstica, além da desnutrição, para estudantes carentes. “Outro fator reforçado por essa corrente é que os pais das crianças precisam trabalhar e, na maioria das vezes, não têm com que deixar seus filhos se as escolas não abrirem”, explica Rocha.

Por outro lado, o especialista diz que é preciso ter em mente, também, que lamentavelmente, estamos enfrentando o pior cenário da pandemia desde seu início, com o recente recorde de mais de 1.700 mortes por dia. “A ciência também não deve ficar presa em uma bolha”, alerta. “É preciso tomar decisões adequadas ao contexto e, nessa pandemia, fatos novos têm surgido a todo momento, inclusive, sob a perspectiva sanitária”, indica ele.

Para completar, ele alerta a importância de se conhecer a realidade de cada aluno e instituição. “É fato que um estudante que vai para a escola em um carro particular, levado pelos pais enfrenta risco bem menor do que aqueles que vão numa perua escolar lotada, com crianças aglomeradas”, diz.

Além disso, Ismael Rocha explica que essa montanha russa que se tornou a vida escolar dos brasileiros, da mesma forma, não está sendo saudável para as crianças e jovens. “Esse volta-não-volta, ensino remoto ou presencial, também tem um forte impacto no emocional dos estudantes”, indica.

E para os educadores não é diferente. “Para os professores, está existindo uma dificuldade grande para se manter um programa de ensino, em virtude das mudanças de fases e protocolos da pandemia. Muitos enfrentam quadros de depressão. Essa situação toda também deve ser observada sob um viés de política pública e pelos gestores das escolas”, alerta o especialista.


Nota do Editor: Ismael Rocha, é diretor acadêmico do Iteduc (Institute of Technology and Education), organização pioneira na capacitação de professores de educação básica para o ensino on-line e híbrido. É Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), especializado em avaliações escolares. É mestre em Sociologia, com formação complementar nos EUA, Canadá, Inglaterra, China, Malásia, Chile e México. Conselheiro e Coordenador do Comitê de Sustentabilidade da World Vision Brazil, foi também diretor ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) por 18 anos.

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