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Opinião
08/04/2021 - 06h03
Herança maldita
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

Os governantes do Brasil fizeram a opção de consumo e aumento das dívidas, deixando a produção de lado, criando uma falsa ideia de prosperidade. Enquanto o ocidente permanecia inflando o crédito e as bolhas, a China e os asiáticos faziam o oposto; poupavam, produziam e exportavam seus produtos para o ocidente aumentando suas reservas. Enquanto isso, o ocidente ampliava as dívidas até onde não deu mais, criando, assim, uma economia antinatural que consumia sem produzir, resultando em dívidas, crises e desemprego, pois criar dinheiro, crédito e consumo acaba exaurindo a economia real. Mas quando chega a hora da verdade, não há como deter o declínio geral.

A dívida tem sido a mais perigosa armadilha para indivíduos e países, pois ela acaba travando o futuro, acorrentando os devedores que têm de fazer enormes sacrifícios para não descaírem cada vez mais no poço fundo da miséria. Em 2003, a dívida pública do Brasil estava em R$ 965,8 bilhões, com o dólar a R$ 2,90 e juros Selic de 21%. Em 2010, a dívida alcançava o montante de R$ 1,73 trilhão, com a Selic a 10% e dólar a R$ 1,67. Baixou; qual o milagre? Foi bom negócio para quem vendeu dólar a R$ 2,90 e recomprou a R$ 1,67 na artificial valorização do real.

Na saída da Dilma da presidência da república, a Selic estava em 14,25%. Em 2015, o custo da dívida tinha ultrapassado R$ 500 bilhões. De 2012 a 2017 a dívida suportou carga de dois trilhões de reais de juros. No final do governo Dilma/Temer, a dívida já atingia R$ 3,877 trilhões, com o dólar a R$ 3,88 e Selic a 6,5% que representava algo em torno de R$ 250 bilhões de juros ao ano: a herança maldita.

É fácil descobrir por que há tanta pobreza e falta de bom preparo no Brasil. Em 1888, veio a lei Áurea. Havia um plano de integração. Em 1889, um grupo despreparado deu o golpe e não tomou conhecimento da situação das pessoas que foram liberadas das fazendas e suas famílias. O abandono foi continuado dando origem às moradias precárias. No preparo das novas gerações faltaram vontade e ação. Temos de destacar a importância da orientação dos pais sobre a responsabilidade de gerar filhos, e dar bom preparo desde a gestação. Mas, difícil é saber por que surgem tipos de coronavírus mais agressivos no contágio e por que essa pasmaceira em encarar o risco duplo da pandemia e da economia, dando-lhes tratamento adequado.

Os sentimentos intuitivos que se originam no eu interior atraem e são atraídos pela igual espécie, sejam de amor ou ódio, de consideração ou desprezo, gerando os pensamentos que também atuam da mesma forma. Se os seres humanos se mantivessem sempre voltados para o bem, tudo transcorreria em harmonioso progresso. No entanto, o mal atrai o mal, os sentimentos de inveja e ódio que visam a destruição se condensam e promovem a destruição da paz, rebaixando tudo. É mais ou menos o que está se passando no Brasil. Muitos que se apresentam como amigos podem, às ocultas, estarem chutando o balde. Nada mais é respeitado pelos seres humanos dominados pelas cobiças. Perderam o pudor e mostram exatamente como são em sua vileza.

Tudo está sendo destorcido. Vivemos os tempos das epidemias e outras catástrofes anunciadas. Há várias explicações disponíveis: guerra econômica, globalização, grande reset; não importa como chegamos a isso, o fato esquecido é que o mundo vive a grande colheita da qual não pode fugir, mas os seres humanos continuam dominados pela cobiça de poder, deixando a humanidade sujeita a projetos de supressão da liberdade, em vez passar a semear o bem. São Paulo está parado, se continuar assim vai estagnar e retroceder.

A era das trevas está aí, a humanidade submetida ao superficialismo está sendo conduzida para o beco sem saída, em vez de buscar a compreensão da Criação e suas leis, e do significado da vida e da situação em que deixamos o planeta e o Brasil. Afinal por que e para que nascemos? A humanidade tem de avançar para além do materialismo, do capitalismo, e do capitalismo de estado, e se esforçar para encontrar a Luz da Verdade antes da badalada da meia-noite.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

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