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COLUNISTA
Marcelo Sguassábia
24/06/2021 - 06h20
Já não se fazem carros como antigamente
 
 

A cada novo modelo, maior é a quantidade de itens que a indústria automobilística vai subtraindo de seus produtos, deixando os carros “pelados” para diminuir o custo ao consumidor.

Tome como exemplo o câmbio automático. Tudo bem que o sujeito não tenha dinheiro suficiente para, logo no primeiro emprego, já sair comprando um automóvel com ultramodernos câmbio manual e embreagem de série, mas então sumimos com eles e estamos conversados? Não, isto não é razoável.

Um outro absurdo é a primitiva direção hidráulica, que a pretexto de diminuir a força do motorista ao manejar o volante acaba por equipar o carro com um mecanismo assassino, que mata pelo sedentarismo, pelo inação. Já a fenomenal direção para manobrar “no muque” presta um duplo serviço ao adquirente: dá maior segurança, por exigir mais esforço de operação, e ao mesmo tempo colabora para a boa forma muscular. Um opcional que não custa tão caro assim, na composição do preço final. Então, qual a razão de não inclui-lo nos modelos de entrada das montadoras?

Na ânsia de reduzir preço a todo custo, o cúmulo do pão-durismo é o carro autônomo, que dispensa motorista. Provavelmente será mais franciscano que uma charrete - sem direção, sem buzina, sem seta, sem pedal de freio e de acelerador, sem coisa nenhuma que coloque o motorista no controle. O suficiente para diminuir pela metade o valor do automóvel! Acho que só vai ter lataria, motor, pneus e bancos, mais nada. E nada, no caso, significa também não ter o prazer de dirigir, de sentir o carro nas mãos, de fazer curvas e retas, aumentando ou diminuindo a velocidade conforme a vontade do condutor.

O bacana é ir evoluindo, degrau por degrau. Primeiro comprando um carrinho “pé de boi” - sem câmbio, sem embreagem, sem motorista. Depois, conforme se vai ganhando mais e subindo de vida, já dá pra pegar um 0km com câmbio bonito e vistoso, uma embreagenzinha moderna, um carburador de última geração, um porta-luvas, quem sabe até estepe e macaco. Quiçá uns vidros acionados na manivela, que deixam entrar ar puro ao invés do artificial e inodoro ar condicionado, cheio de fungos e ácaros.

Esta é uma obra de ficção.


Nota do Editor: Marcelo Pirajá Sguassábia é redator publicitário em Campinas (SP), beatlemaníaco empedernido e adora livros e filmes que tratem sobre viagens no tempo. É colaborador do jornal O Municipio, de São João da Boa Vista, e tem coluna em diversas revistas eletrônicas.
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