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Opinião
01/07/2021 - 06h11
Homo brasiliensis
José Luiz Boromelo
 

Na fauna hominídea que habita o maior País sul americano, apropriadamente apelidada de “Homo brasiliensis” existem alguns espécimes que se destacam dos demais por sua capacidade ilimitada em exibir comportamentos peculiares. A última parvalhice que acomete esses indivíduos insípidos ao extremo, geralmente provocado por osmose coletiva do tipo “vai na onda” é a recusa em receber imunizantes de determinados laboratórios. Seja por terem ouvido falar de suposta eficácia superior do medicamento de outro fabricante ou por pegajosa ignorância que carregam diuturnamente consigo, eis que agora exigem vacina escolhida a dedo, julgando-se no direito de ostentarem prevalência injustificada sobre os demais cidadãos brasileiros.

Como se não bastasse a situação caótica na área da saúde por conta da pandemia e com os números estratosféricos de infectados e mortos pela doença, esses galhofeiros de ocasião estimulam a população a essa conduta equivocada, para não utilizar aqui outros termos menos civilizados. E em vez de colaborarem com a campanha de imunização e consequentemente com a redução dos números de infectados, acabam por tumultuar o excelente trabalho desenvolvido pelas regionais de saúde em todo o País. A desculpa utilizada pela maioria dos que se recusam a receber determinado imunizante é que em viagens internacionais, exige-se a comprovação de imunização por vacina específica. Foram registradas denúncias de tentativa ou de efetiva vacinação em três ocasiões por um mesmo indivíduo, fato esse gravíssimo e passível de penalização diante da legislação brasileira. É inadmissível que pessoas de caráter mesquinho e egoísta sejam beneficiadas com esse tipo de concessão, levando vantagem sobre aquelas que merecidamente aguardam pela imunização, respeitando o cronograma oficial dos municípios.

Esse tipo de pilantragem é bem conhecido. Basta citar as incontáveis notícias dos pilantras fura-filas da vacina, do atestado de comorbidade fajuto, da aplicação “miguelenta” mesmo com gravação do ato por familiares e tantos outros casos em que aquelas pessoas simples e desprovidas de influências são colocadas de lado, para atender os apaniguados do sistema. Aqueles que se julgam espertalhões por conta da pandemia não são “ave-marias”, mas são mesmo cheios de graça. De uma graça muito sem graça. Deveriam, portanto, ter um pouco mais de vergonha na cara e respeito ao próximo. Mas esperar isso de quem faz isso seria mesmo uma ingênua utopia. E assim caminha a humanidade...


Nota do Editor: José Luiz Boromelo, escritor e cronista em Marialva, PR.

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