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Opinião
21/07/2021 - 06h28
Lazer na Paulista, quiçá o fim da máscara...
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A avenida Paulista voltando a funcionar como “rua de pedestres” um ano e quatro meses depois que essa prática de lazer popular foi suspensa em razão da pandemia, traz um certo alívio aos paulistanos. E ao Brasil todo, porque o que acontece na maior cidade do país, repercute nacionalmente. A alegria de artistas, ambulantes, moradores da cidade e turistas, registrada na manhã de domingo, é contagiante e pode servir de parâmetro para iniciativas do gênero em outras localidades e regiões. É verdade que foi apenas a primeira experiência e a Prefeitura deverá repeti-la no próximo domingo, liberando a via para o povo, também no período das 8 às 12 horas. Se nenhum reflexo negativo - especialmente o surgimento significativo de casos da Covid entre os freqüentadores - logo poderemos ter de volta a avenida de lazer entre as 10 e 18 horas, nos domingos e feriados, conforme ocorria antes do mal sanitário chegar.

Importante registrar que foram poucos os presentes sem máscara ou com ela mal posicionada. Mas eles receberam orientação e até o protetor dado pela equipe que se fez presente ao local para monitorar a observância das regras de segurança contra a proliferação do vírus. A experiência só foi possível, temos de reconhecer, porque 70% da população já receberam pelo menos a primeira dose da vacina e o trabalho de imunização agora está seguindo rápido. A diminuição dos mortos entre as faixas etárias já vacinadas e das internações, especialmente nas UTIs (para onde vão os pacientes graves), é outro parâmetro levado em consideração para trazer o público de volta para o lazer dominical na avenida. Com o quadro sanitário melhorando, não será de se estranhar se em pouco tempo estivermos recebendo a autorização para sair às ruas sem máscara, como já ocorre nos Estados Unidos, Espanha, França, Israel, Itália, Nova Zelândia e outros pontos do planeta que já imunizaram a população e controlaram o avanço epidêmico.

Finalmente, depois de muita discórdia - inflada pelo nefasto apetite político dos que tentaram obter o prestigio eleitoral para as disputas de 2022 à custas da doença e morte de milhares de brasileiros - estamos reconhecendo o Brasil vacinador. A expertise que adquirimos por décadas de vacinação contra diferentes males é agora empregada e a população já é maioria imunizada. Espera-se que os últimos que ainda tentam auferir lucro com o sofrimento do povo, acordem e parem com isso. Se quiserem concorrer e até se eleger, façam campanhas decentes e propositivas. Não queiram chegar lá pela dor do povo. Isso é, no mínimo, imoral.

Quanto à população, é importante que ao participar das iniciativas de volta à normalidade - tanto no lazer quanto nas atividades laborativas - não se descuide das precauções para evitar novos surtos da Covid. Precisamos nos garantir para gradativamente reocupar os espaços onde antes circulávamos e fazíamos nossas vidas. Ninguém sabe, ainda, qual o grau e circulação do vírus e os riscos concretos que corremos por aglomerações, negligência com a máscara, lavagem das mãos e outros cuidados. É melhor continuar em estado de alerta do que arriscar a adoecer justamente agora quando a pandemia parece estar cedendo. Temos a presunção de que a vacina nos livra de ficar doentes, pelo menos na forma grave, mas isso ainda não é certeza absoluta. Por essa razão, devemos nos manter atentos e evitar qualquer comportamento que possa levar à infecção.

A melhor forma de combater a Covid-19 não é um bom tratamento ou vagas em hospitais e UTI. O bom - e mais seguro - é não ficar doente. E isso só depende de cada um de nós. Se não acabarmos com o coronavírus, ele poderá acabar conosco. Acautelem-se...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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