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Opinião
07/10/2021 - 05h40
Os verdadeiros líderes
José Luiz Boromelo
 

O cidadão brasileiro convive atualmente com uma onda interminável de antagonismos ideológicos, conhecida popularmente como polarização. Nesse aspecto, as redes sociais desempenham papel preponderante no posicionamento dos indivíduos, uma vez que a facilidade e a eficiência em atingir determinado público alvo são evidentes e por conta dessa dinâmica na comunicação, o eleitor tem dificuldades em identificar os verdadeiros interesses de nossos representantes. O País sofre com a carência crônica de líderes políticos genuínos. Pelo mundo afora a história registra governantes populistas, essencialmente ditadores, que infligiram sofrimentos inimagináveis a seus semelhantes. Francisco Franco na Espanha, Adolf Hitler na Alemanha, Benito Mussolini na Itália, Josef Stalin na extinta União Soviética, Juan Domingo Peron na Argentina, Hugo Chaves e Nicolás Maduro na Venezuela, entre outros. Grosso modo, todos eles foram líderes populistas, que atraíam a massa com retóricas radicais.

No Brasil, certos governantes inescrupulosos adotaram políticas econômicas questionáveis, guardadas as devidas proporções de tempo, intenções e “modus operandi”, com resultados desastrosos amplamente conhecidos ao longo de décadas. Basta recordar a gatunagem rasteira promovida por Fernando Collor de Melo, surrupiando na “mão grande” as economias do trabalhador brasileiro. Por conta desses e outros casos de populismo barato, a população é frequentemente intimada a arcar com os equívocos perpetrados por políticos nem sempre bem intencionados, como acontece quando o eleitor é induzido a acreditar em falácias recorrentes. Lula e Bolsonaro são os exemplos contemporâneos desse naipe de políticos profissionais, que se beneficiam de reconhecida eloquência para cooptar os incautos de plantão. O questionamento, diante desse cenário incerto para o País é um enigma a ser desvendado: onde estariam nossos verdadeiros líderes? Ou ainda: existiriam líderes à altura das demandas atuais, com potencial suficiente para promover as mudanças institucionais imprescindíveis para o desenvolvimento da nação?

O cenário é desolador. Em um País com 33 siglas partidárias, nada se consegue sem a política de coalizão. Isso explica em parte a carência de líderes políticos natos, aqueles realmente comprometidos com os interesses maiores da coletividade. Essa miscelânea de ideologias, algumas completamente destoantes dos anseios da população, resulta na perda de identidade do partido político, muitas vezes obliterado por acordos espúrios, uma forma nada ética de atingir intentos pouco republicanos. A persistir essa situação, o futuro do Brasil estará, mais uma vez, à mercê dos conhecidos manipuladores da plebe. Continuamos, pois sem nossos verdadeiros líderes. Se é que ainda realmente existam.


Nota do Editor: José Luiz Boromelo, escritor e cronista em Marialva, PR.

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