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Crônicas
17/05/2022 - 06h14
Faces coradas
Marina Alves
 

Venho de um tempo em que a moça corava as faces se ouvia o galanteio de algum admirador. As maçãs levemente, ou ardentemente, rosadas queriam dizer que a jovem estava sem jeito, envergonhada, sem saber onde pôr as mãos diante do que lhe fazia o sangue ferver. As faces enrubescidas eram assim, a maneira mais desleal de denunciar o quanto a pessoa estava perturbada sendo alvo do interesse de alguém.

O fato, porém, de sofrer o assédio afetivo não garante nada: os homens (e as mulheres) nem sempre são sinceros. Nesse caso, um galanteio pode ser uma moeda de duas faces: tanto pode fazer bem quanto mal. Sendo verdadeiro, acende a chama da esperança: serei amada? Sendo falso, traz a mágoa e a desilusão: era tudo mentira?

De qualquer forma, nunca vou me esquecer do clima gostoso e envolvente que permeava as narrativas nos romances de José de Alencar, Machado de Assis e outros clássicos imortais. E juro, com toda a sinceridade, temperada com um quê de claro saudosismo, que eu torcia ardentemente para que a coisa não ficasse só nas faces coradas das moçoilas. E o bom mesmo era imaginar o que não vinha explícito. E se hoje não se enrubesce mais como antigamente, o recurso é mesmo um bom blush. Sem faces rosadinhas é que ninguém fica.

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