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Opinião
28/11/2022 - 06h22
O excesso de dinheiro
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

Se há mais dinheiro engrossando a liquidez do que bens essenciais disponíveis, o mercado fica engasgado e reage movendo os preços para cima. Os descuidos com o dinheiro tanto da parte de governos, como de empresas, especuladores e pessoas físicas têm sido amplos. A moeda tem de circular e se nesse movimento produzir bens que são consumidos, há equilíbrio, mas se circula e só produz ganho financeiro, sem acrescentar nada, fatalmente chegará o dia em que a conta não fecha, como o atual momento econômico mundial de inflação, juros altos e ameaça de recessão.

Apesar da inflação e queda na renda, o mercado sentia que a política do Guedes ia aumentando a procura, produção e faturamento. O mundo mudou porque as pessoas estão saindo da superficialidade; empresas famosas entram em crise, há perda de valor. A economia do Brasil afundou tanto desde os anos 1980 que estava difícil esperar melhora, mas se ficarem inventando teorias esdrúxulas, ainda levará bom tempo para o país recuperar seu dinamismo. Se não houver equilíbrio no câmbio, nas contas, produção, empregos, renda e educação, cairemos no abismo.

Com arrecadação federal de mais de 2 trilhões de reais seria possível fazer muita coisa sem deixar a dívida crescer, dependendo de quem administra sabiamente, mas os poderes só pensam no gasto e querem mais, e ao final do ano não há nada de produtivo para a nação. Os empreendimentos comerciais, públicos ou gerais, são como um pomar. Há que se cuidar das árvores para que deem frutos de boa qualidade.

Puxar o tapete é uma expressão que indica atitudes de pessoas astuciosas para tirar alguém do caminho e se beneficiar. É a vida com as suas dificuldades e consequências num mundo onde, para satisfazer as próprias cobiças, não há receios para causar danos a outros, seja no trabalho ou em qualquer agremiação, ou mesmo ao presidente do país. É triste, mas nada de desânimo, pois com tempo a coisa ruim é esquecida para que possamos seguir em frente, lembrando que todos colherão o que semearem.

Esperemos que os preços estabilizem, que as escolas eduquem para a vida e o trabalho, que a saúde receba os adequados cuidados. Que não haja desvio de verbas. Que a humanidade progrida de fato, sabendo que todos os seres humanos estão reencarnados para evoluírem. O Brasil precisa reencontrar o caminho próprio, pois se ficar à mercê da globalização, continuará servindo como mercado para os países exportadores escoarem suas manufaturas.

Os seres humanos se afastaram da natureza e suas leis universais, perderam a naturalidade, e não reconhecem mais os sinais emitidos por ela, como acontece com os animais que, instintivamente, percebem o que está por vir e buscam refúgio seguro. Pesquisadores da Nasa na Universidade do Havaí, que estuda a ciência da mudança do nível do mar, alertam sobre o provável aumento das enchentes nas cidades litorâneas, pois o ciclo lunar provocará aumentada influência sobre as marés inundando muitas cidades, dificultando todas as atividades.

Capitalismo, Socialismo, Neoliberalismo, Capitalismo de Estado, nada resolveu a tragédia do declínio da humanidade, a principal espécie vivendo no planeta, única dotada de intuição e raciocínio, fora do lugar que deveria ocupar. Passados mais de 80 anos do pós-guerra faltou boa vontade para resolver o enigma. Um bilhão vivendo nas mais precárias condições de vida.

A Terra se situa numa zona de transição. Acima dela há culturas mais elevadas que buscam o aprimoramento espiritual. Abaixo há um progressivo declínio destrutivo. Cabe ao ser humano decidir livremente de onde quer ser influenciado, com fluidos mais leves, enobrecedores, ou as pesadas brumas que vem de baixo promovendo decadência e miséria.

Os poderosos do G20 se reuniram na Indonésia, tendo como foco a economia e o poder. No Egito, na COP27, cientistas se debruçaram sobre a sustentabilidade do planeta com 8 bilhões de almas encarnadas. Só ter dinheiro não é suficiente; deveriam se sintonizar para receber intuições inspiradoras para enfrentar as consequências da atuação das leis universais que estruturam a Criação. Mas quem as estuda, quem as conhece com amplitude? Através delas são construídos os mundos, é dever dos seres humanos se aprofundarem no saber de como a natureza funciona.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

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