Recentemente o Supremo Tribunal Federal pacificou a grande polêmica gerada em relação à verticalização das composições partidárias para as próximas eleições. Aos olhos do leigo, isso é uma questão secundária, dentro do verdadeiro “mar de lama” que assola a política petista. Com raras exceções, a máscara da hipocrisia confeccionada com discursos éticos e vazios, foi extirpada do meio político. Hoje temos um “PT” despido, sem identidade e sem o que defender. Não há planos, projetos ou discursos. O ocorrido com a Deputa Ângela Guadagnin do PT apenas denota o senso que impera naqueles que lutam para defender a imoralidade: o sarcasmo com o povo que custeia práticas espúrias. A propósito do que ocorreu nos cenários nacional e regional, temos agora o cenário local. Na última terça-feira foi aberto o processo de cassação do vereador Jairo dos Santos, que por linha ideológica, é do PT. A acusação? Adivinhemos: CORRUPÇÃO! Nada mais óbvio, dentro daquilo que podemos chamar de “verticalização da corrupção”, ou seja, o que ocorre no nível mais elevado da Federação, ocorre na sua menor unidade, que é o Município. O valor pago a título de uma dedetização é vergonhoso, dentro de um ponto de vista, frise-se, leigo, pois para a “verticalização da corrupção”, é normal, se comparado aos milhões desviados a nível Federal. Enquanto isso, o povo, inclusive os quilombolas, tão defendidos pelo Vereador, o sofrido povo caiçara, que tem no Vereador a representatividade por ele avocada, padecem verdadeiramente de fome, desta feita contristados por observar tal verdadeiro ato de traição. O exemplo do que ocorreu com a Deputada Ângela, que é de São José dos Campos, nos faz observar atentos qual será a atitude do PT local. Haveria algum ritmo “nipônico” a embalar a impunidade partidária? O Presidente do Partido, que, aliás, é suplente do Vereador acusado, adotará alguma medida ética? O diretório local primará por uma atitude de correção ou também participará de alguns “passinhos ensaiados” cultuando a impunidade? Mais uma vez prevalecerá o discurso à prática? Se isso ocorrer, encaramos como normal, afinal, observamos a “verticalização da corrupção”, e “aqui”, não pode ser diferente de “lá”. Por outro lado, temos a oportunidade de viver um momento histórico, em que partido e vereadores darão uma resposta inédita à sociedade, primando pela integridade e punindo quem de fato incorreu em erros. O que não pode ocorrer é que prevaleça a impunidade, e que os discursos de moralidade, que simplesmente mascaram práticas espúrias, sejam de fato, atitudes do nosso passado político. Parabéns à Câmara Municipal, que soube diferenciar o que é um crime de improbidade, que notou que o eleitor não usou a lei para atingir mero expediente político, mas que, com provas e fatos, a lei deve ser usada como expediente para se fazer justiça e apurar irregularidades. Esperamos que os membros da Comissão Processante sejam corretos em sua primorosa missão, e serão cobrados e responsabilizados por isso. Não há lugar para palco político, ou para defender irregularidades, ainda que dois deles já tenham pré-julgado, por rejeitar a denúncia. O trabalho desses é apenas conduzir um processo, e a Casa irá julgar com estrita imparcialidade. Pelo menos é o que esperamos, para que ainda possamos conservar em nosso íntimo a certeza de que uma “verticalização” nos moldes aqui descritos, não é generalizada, e que há algum político em que se possa confiar. MAIS UMA VEZ, PARABÉNS À CÂMARA MUNICIPAL!!! Elizabeth Cross bethcross@itelefonica.com.br
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