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Opinião
10/04/2006 - 11h10
As sementes do totalitarismo...
Geraldo Almendra
 

As pesquisas de opinião, favoráveis à permanência de um sistema político assistencialista e corrupto no comando do país, são sinais evidentes do fortalecimento do domínio da sociedade pelas sementes de um totalitarismo fascista, que se apresenta protegido pelas elites dirigentes, patrocinadoras históricas da exclusão social com assistencialismo formalizador da pobreza, como única forma de tratamento permitida para os excluídos.

A sociedade precisa abrir os olhos, antes que seja tarde demais, para o enraizamento dos fundamentos do totalitarismo no país, que se fortalece com a transformação de mais de mais de 30 % dos cidadãos, em servos do Estado, através da universalização do assistencialismo populista, mecanismo que formaliza a pobreza e perpetua a compra de votos para manter no poder governos autocráticos ou ditatoriais. Essa é uma parte relevante do processo de formação da “amostra viciada” que favorece o desgoverno Lulla nas pesquisas de opinião.

Estamos presenciando um ensaio bem sucedido, do exercício do poder de um governo – ostensivamente denunciado por corrupção e prevaricação, estagiário do absolutismo, protegido pelo corporativismo pelego público-privado meliante – que defende os interesses das elites dirigentes e domina os poderes da República, com a cumplicidade do apedeuta, que permite uma denunciada e generalizada corrupção corporativista no seu “reino”, e fomenta uma absoluta prostituição da política no país, desde que suas classes de antigos revolucionárias das portas das fábricas, possam patrulhar e se apropriar dos gabinetes dos palácios de Brasília e sejam tratados com as mesmas mordomias dos picaretas que antes tanto criticavam.

Fica tudo resumido em apenas uma questão de como melhor distribuir o dinheiro roubado do povo pelos agentes inescrupulosos públicos-privados, cúmplices das intenções e dos atos dos militantes do estelionato eleitoral de 2002.

Está tudo ostensivamente e diariamente estampado na mídia, e todos tomam conhecimento da desonra da sociedade, com uma alienada sofreguidão sem uma consciência crítica da criminosa relativização e inversão de valores morais e éticos, que está sendo imposta na formação dos jovens e adolescentes herdeiros das elites dirigentes, próximas gerações que estão sendo treinadas para continuarem com o seu projeto de exploração do povo.

A mesma sociedade civil organizada que chamou os militares em 1964 à intervenção no país, atualmente se mostra omissa, passiva ou conivente com o absurdo avanço da prevalência do relativismo moral e ético daqueles que capturaram o Estado com sua meliância militante, com o escancarado objetivo de se perpetuar no poder.

A mídia dominante, o meio artístico, a igreja, os grandes grupos empresariais, e uma grande parte de intelectuais, notadamente aqueles pertencentes aos quadros universitários, demonstram uma “estranha” conivência ou apatia cívica, que denunciam interesses obscuros não declarados ou um estado de alma sem pátria, que não se mostra sensível ou interessada em interpretar através de uma avaliação honesta e crítica, o movimento fascista-entreguista das elites dirigentes públicas-privadas do país, que estão permitindo a sustentação “inexplicável” de um desgoverno condenado a ficar na história – por todas as dezenas de denúncias já estampadas na mídia que estão sendo investigadas – como o mais corrupto, o mais prevaricador, e o mais conivente com a prostituição política nos ambientes dos poderes da República.

Alguns proeminentes líderes civis e defensores de primeira instância da revolução de 64, estranhamente, se colocam do lado de uma base política que suporta a liderança de um apedeuta incapaz de governar o país na direção do desenvolvimento auto-sustentado e gerador massivo de empregos, mais que tem se mostrado extremamente competente no jogo sujo da disseminação do assistencialismo populista em todas as suas formas e para todos os setores da sociedade que não pertencem ao topo da pirâmide, como meta fundamental de seu desgoverno, para aliciar os votos majoritários dos favorecidos, com o firme propósito de se preservar no poder, sendo auxiliado pela covarde e espúria cumplicidade das elites dirigentes e de uma mídia credora de seus favores, que alimentaram seus instintos de exploração do povo nas sombras da ditadura, e têm mostrado, nas últimas décadas, suas reais intenções com o gradual retorno do país ao regime “democrático”.

Chama nossa atenção e nos angustia, a passividade e a falta de atitudes efetivas e preventivas dos guardiões constitucionais da democracia e da integridade moral e ética dos poderes da República. Talvez seja a própria “tentativa de manter nosso país em um regime democrático”, caráter laranja-fantasia para o processo de limitação moral e da degeneração material impostos pelos governos “democráticos” àqueles que já deveriam ter tomado a iniciativa de defender o país da ação dos fascistas populistas, mas que devem sentir-se limitados por força do desprezo com que são tratados por todos os “traidores enrustidos” (e por seus descendentes) que recorreram aos seus préstimos para “proteger” o país em 64, quando seus interesses de evitar uma revolução social para diminuir nossas desigualdades, estavam correndo sérios riscos de serem desqualificados. De qualquer forma, devemos reconhecer o quanto é difícil e limitante uma subordinação constitucional a um apedeuta estelionatário da política.

O que é pior para o nosso país? O fantasma das sementes de um socialismo em 64, que poderia iniciar a reforma do capitalismo explorador tupiniquim, com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais, mas que foi convenientemente apelidado de comunismo terrorista por desavisados e pelos cúmplices dos países ricos (FMI) que nunca se importaram com o genocídio dos milhões de pobres e dos menos favorecidos dos países em desenvolvimento, que sempre viveram à margem das chances de lutar por uma existência com justiça social e dignidade, ou um regime totalitário fascista, controlado por um Estado Policial, associado ao poder político, econômico e social protegido e financiado pela corrupção, com a cumplicidade das elites dirigentes, sócios de carteirinha do capitalismo financeiro nacional e internacional, que fazem do Estado seu “fundo de aplicação” para manter a incontrolável uma espúria concentração de renda nas mãos de menos de 3 % da população?

A degradação do papel dos poderes da República pelo corporativismo meliante, especialmente a vergonha da parcialidade dos Tribunais Superiores no julgamento político de liminares e habeas corpus que objetivaram proteger da ação das instâncias investigativas, os réus evidentes ou confessos de roubo do dinheiro público, assim como suas ligações corruptas com o poder executivo, nos trazem claras e insofismáveis evidências de que o país caminha para um regime político que fomenta a preservação da pobreza credora dos favores do Estado com a manutenção da riqueza perpetuamente concentrada nas mãos das elites dirigentes, sob o comando de um regime político fascista totalitário que troca balas de uma revolução armada pela pandemia do vírus da corrupção corporativista pública-privada, associada a um assistencialismo populista que condena milhões de brasileiros a serem servos das vontades dos seus governantes e de seus cúmplices exploradores do povo.

Será que é este o país que queremos para os nossos filhos e suas famílias?

– um país com mais de 40 milhões de cidadãos servos e dependentes do Estado;

– um país com 90 % dos alunos da rede pública chegando ao ensino médio sem entender o que estão lendo;

– um país com uma classe de professores públicos pedindo “bolsa-família” para sobreviverem;

– um país com suas forças armadas, incapazes de defendê-lo das agressões internas e externas à sua democracia, limitando seu recrutamento e sua modernização porque não têm dinheiro para pagar as refeições de seus soldados e os equipamentos de que necessita;

– um país com uma elite dirigente concentrando perpetuamente a riqueza, enquanto uma guerra civil toma conta das grandes metrópoles pelo avanço inexorável da pobreza, fruto da injustiça social;

– um país com uma classe política prostituída que não tem mais pudor de freqüentar com seus cúmplices, bacanais – próprios ou alugados – para dividir o fruto dos “valeriodutos”;

– um país com pobres sendo trancafiados ato contínuo ao roubo de um pacote de manteiga – pelo desespero da fome e da falta de formação – em um supermercado, enquanto corruptos que roubam milhões do Estado são inocentados pelo Parlamento;

– um país com uma classe média que fica em cima do muro da vergonha da corrupção generalizada;

– um país que não cansa de enriquecer banqueiros e aplicadores com o dinheiro dos contribuintes;

– um país com uma classe empresarial que não se importa com o mercado interno e vive focada na demanda externa, nas vantagens competitivas obtidas com a redução dos salários pela troca dos seus empregados, e com o desemprego causado pela tecnologia, sem coragem de investir seus lucros no crescimento de suas empresas se não puder contar com a parceria predominante do dinheiro público, transferindo o risco de mercado para ser pago pelos contribuintes;

– um país com um povo escravo da degeneração de valores familiares, morais e éticos, transmitida diariamente pelas telas da massificação global, financiada com o dinheiro público;

Serão essas as nossas “incríveis” escolhas? Que raio de país é esse que queremos para nossos filhos e suas famílias?

Se essas forem as nossas opções, é importante que todos tenham a devida clareza e consciência, que depois da manutenção do apedeuta no poder, ficaremos sem direito a nova escolha. Formalizaremos a “democracia” para os ricos e o fascismo totalitário para os pobres, omissos, passivos e covardes, em um regime sustentado por um corporativismo público-privado pelego, o qual estará sendo protegido pelos poderes da “República”, com suas milícias oficias fazendo sua segurança contra os afoitos que se atreverem a desafiar o Nacional Fascismo Populista, e protegendo todos aqueles que venderam sua alma, sua consciência e sua pátria aos estelionatários da política, pelo acesso ao favorecimento dos subprodutos da xepa da corrupção pública-privada.

Então, essa poderá ser a escolha que faremos no outubro negro de 2006. Uma escolha democrática para acabar com a democracia. Seremos qualificados no livro dos recordes como os melhores e maiores imbecis do século XXI. Convém antecipar nossos pêsames para nós mesmos, se fizermos por merecer o rótulo desta burrice transcendental, e “congratular” os corruptos, os hipócritas, os levianos, os meliantes, os ladrões, os canalhas, os mentirosos, os prostitutos da política, e todos os demais cúmplices dessa corja, filiados à elite dos criminosos sem condenação que foram apaniguados pelos tribunais de nossa “Justiça”; teremos conseguido nos manter no picadeiro como perpétuos arlequins da exploração do povo pelas elites dirigentes.

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