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Opinião
14/04/2006 - 13h04
Políticos prostituídos e seus cúmplices
Geraldo Almendra
 
"Jogue um ovo podre em um político meliante corrupto e volte mais feliz para casa. Deixe de ser palhaço conformado, da canalha que nos explora."

Nossa fé, de que ainda existam, na formação de alguns dos ocupantes dos cargos executivos dos poderes públicos, princípios em sua natureza humana que os levem a se interessarem pela diminuição do sofrimento do povo, e pelo resgate moral e ético do país - sem uma sub-reptícia e disfarçada pré-condição desonesta alimentada pelos frutos da sua ganância de enriquecimento ilícito, ou de uma sistemática exploração das brechas da meliância do poder público, para se perpetuarem credores da manipulação do Estado em benefício próprio -, se desvanecem, cada vez mais, diante das nuas e cruas imagens das posturas dos calhordas e seus corruptos conluios nos ambientes legislativo, executivo e judiciário de nossa republiqueta, assim qualificada por sofrer constantes e impunes violações de suas instituições pela máfia corporativista pública-privada.

A impunidade do voto secreto pela absolvição do roubo do Estado e da prostituição política no país, comemorada ao sabor de encontros furtivos com profissionais do comércio do sexo, e com o achincalhe do povo por uma gafieira no Parlamento, tendo os epicentros de sua imoralidade nas ondas da sacanagem política que fluem dos palácios envidraçados de Brasília, deixa graves fissuras no processo de formação dos nossos jovens e adolescentes, que são induzidos a cultivar, cada um dentro dos limites de suas comunidades, a arte de explorar o que há de pior na natureza humana, para poder sobreviver na covarde pirâmide social do nosso país.

Como exemplo vivo e repetitivo dessa identidade, o Parlamento brasileiro tem dado aos seus eleitores um "competente" curso "à distância" de como ser imoral, aético, leviano, hipócrita, corrupto, traidor, desonesto e todos os demais adjetivos que possam complementar a qualificação da degradação de valores que um ser humano possa ser capaz de cultivar na sua luta pela vida, e no exercício de suas atividades profissionais.

Àqueles que elegemos, para representarem nossos interesses, estão nos conduzindo a uma arquitetura social rigorosamente destituída de princípios morais e éticos, induzindo os cidadãos a aceitarem, como fato consumado - pela absurda impunidade que sistematicamente premia o desrespeito, pelos protegidos da máfia corporativista pública-privada, aos códigos legais vigentes - a relativização dos valores humanos, da pior forma possível.

Os poucos parlamentares que dignificam seu papel como homens públicos, devem estar sentindo uma absurda angústia por se verem presos e limitados no submundo prostituído das relações políticas públicas-privadas, que há décadas, sem fronteiras legais, vem se firmando com essa gênese, contaminando todo o tecido social.

Infelizmente, nossos quadros intelectuais, que sustentam o Sistema de Poder espúrio no país, são os resultados do filtro - pela exclusão social - de acesso privilegiado para os seus "herdeiros", a uma educação superior obtida em universidades federais, estaduais, e privadas de renome, muitas possuindo a capacitação de centros de excelência de pesquisa e conhecimento.

Esse processo educacional elitista, refinado em termos acadêmicos, coloca nas mãos dos felizardos filhos das elites dirigentes, as melhores oportunidades de formação universitária, e os caminhos para se tornarem os detentores das capacidades técnicas mais sofisticadas da elite sócio-cultural do país. As exceções observadas, utilizadas como propaganda mentirosa de um desgoverno desqualificado e sem-vergonha, não têm peso no questionamento desse injusto quadro educacional, que faz 90 % de seus alunos, ao terminarem os ciclos iniciais do ensino público, entrar no ensino médio se apresentando como cidadãos que simplesmente não entendem o que lêem, e ficam submissos à inteligência acadêmica que sustenta o poder, prostituído de valores sociais dignos, e que explora o sangue, o suor, as lágrimas e o dinheiro do povo.

As elites corruptas da sociedade privada - especialmente estilizados executivos que habitam alguns gabinetes de luxuosos prédios das Instituições do Mercado Financeiro, com seus cúmplices subordinados, qualificados "trainees" da sacanagem com o país - que participam do covarde engodo social que ilude o povo há décadas, aproveitam a degradação moral e ética das relações públicas-privadas para levar todas as vantagens possíveis em nome dos seus interesses, se oferecendo para atuarem como coadjuvantes na trágica peça da injustiça social, como cúmplices corrompidos da exploração do Estado ou no roubo generalizado do dinheiro público, com a ajuda sistemática de competentes diplomados e circulantes lobistas dos gabinetes de Brasília, consultores para abrir os descaminhos da prostituição da "Justiça", da engenharia financeira da sonegação fiscal, e da lavagem de dinheiro.

Todos viraram sócios da mesma máfia pública-privada que construiu um país fantástico com "céu de brigadeiro" para menos de 3 % de seus habitantes, e um inferno de Dante para o resto, como se vivêssemos em uma Divina Comédia, em que o povo é o eterno palhaço, e a máfia corporativista pública-privada, seus algozes e exploradores.

Se quisermos salvar nosso país da sua captura definitiva por essa gente "inteligente", meliante, calhorda, e aproveitadores da política prostituída, que enquanto universaliza as esmolas do assistencialismo populista, aumenta cada vez mais seus fundos não contabilizados para financiar a compra das consciências dos escravos e dos senhores da grande Senzala, precisamos sair às ruas e exigir a destituição dos canalhas e seus cúmplices, seja de que forma for: com convencimento, votos ou sangue.

Não podemos mais permitir que nossos códigos legais virem rolos de papel higiênico dos pobres e dos menos favorecidos, que são fornecidos por aqueles que deviam defender o correto cumprimento das leis do país, enquanto os calhordas vivem felizes voando em "céu de brigadeiro", achando que continuaremos aceitando sermos tratados como eternos arlequins de seus sonhos de acumulação de poder espúrio e riqueza não declarada, para controlar com a ajuda dos políticos corruptos, os "ignorantes" e os "imbecis" que insistem, por covardia, passividade ou omissão, aceitarem esse jogo hipócrita, leviano, estelionatário e covarde, que há décadas promove o genocídio dos pobres e dos menos favorecidos, pela absoluta ausência do Estado no correto cumprimento de suas obrigações constitucionais.

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