A asneira, a bandalheira, o aparelhamento do Estado pelo partido e o desprezo pela lei, por parte deste governo, parecem ter feito um trato macabro para esmagar os cidadãos de bem. São tantos massacres à paciência do eleitor e a tamanha velocidade, que fazem de Catilina um aprendiz e do campeão Schumacher uma sonolenta tartaruga... O "democrático" partido da estrela vermelha - pelo rubor da vergonha! - comprova, a cada dia, que seu ethos, é autoritário e, portanto, que deve ser tratado como as saúvas: ou o derrotamos com o inseticida mortal do voto ou poderá causar ainda mais danos ao Brasil... O governo festeiro a tentar, despudoradamente, transformar em criminoso o caseiro que sabia de coisas sérias, tiro que lhe saiu pela culatra e que levou à queda de Palocci; a untuosa, patusca e patética deputada que, para impedir a cassação de um "companheiro", teve o desplante de ler um documento de mais de 80 páginas na mesa do plenário - façanha merecedora de figurar no "Guiness" - a superar-se, executando aqueles passos desengonçados de uma dança animada pelo som de sua absoluta falta de decoro; o presidente apedeuta, como sempre, a bradar que de nada sabia, sabe ou saberá - ou seja, assinando o atestado de sua própria incompetência - e a acusar a oposição de um suposto "golpe" para desestabilizar o seu ridículo governo; Dirceu, o ex-membro do triunvirato que governou o país até agosto do ano passado, a escrever, com a arrogância que lhe é peculiar, que o próximo passo na implantação da TV digital seria o seu "controle social" (?), deixando, de mencionar que os moldes do mesmo obviamente seriam os de seus ídolos Fidel e Hugo - o que não é novidade, para quem tentou empurrar pela goela dos brasileiros o ditatorial Conselho Nacional de Jornalismo e o autoritário Ancinave; o Judiciário, sobre o qual precisam repousar as garantias das instituições democráticas, a atuar várias vezes de forma a suscitar naturais suspeitas de sua politização e cooptação pelo Executivo; os infindáveis "pedidos de vista" por parte de parlamentares petistas, com o mero intuito de retardar cassações; as seguidas absolvições, no Congresso, de políticos acusados de corrupção, a exalar o almíscar das pizzas; estatais, como a Caixa, a estuprar o sigilo bancário alheio, em total arrepio à lei, para servir aos interesses do governo; a complacência oficial para com os criminosos da Via Campesina que incitam as mulheres bandoleiras guerrilheiras do MST a invadir e a depredar propriedades privadas, desonrando as valorosas mulheres de verdade, que trabalham, estudam, cuidam dos filhos, dos maridos e das suas casas com amor. Escribas do tempo dos almanaques, em que se amarravam cachorros com lingüiças, a proclamarem enormes bobagens sobre o liberalismo, arrotando falsa erudição, apenas para aspergirem nos incautos o líquido nauseabundo de sua má fé ideológica, batendo sempre na amarelecida tecla de que a pobreza de João é explicada exclusivamente pela riqueza de Pedro; receitando açúcar para sociedades diabéticas, ao idolatrarem o Estado e a política, onde o primeiro já é inchado e a segunda só tem servido para explorar os contribuintes e persistindo na premeditada falácia de tentar qualificar o governo Lula como neoliberal, quando, na verdade, é um governo de esquerda, autoritário, que inchou o Estado, promoveu a tomada deste pelo partido, lotou as estatais de companheiros e parentes destes e aumentou sem piedade a carga tributária. É evidente que o mercado não é um deus, mas isto não nos permite eleger a política como sua substituta. Ambos, economia de mercado e política, são instituições humanas e, portanto, apresentam falhas. Assim como há políticos que pensam no bem comum e os que pensam no próprio bem, há, também, mercados de mamadeiras e de drogas, que funcionam perfeitamente, os primeiros para o bem e os segundos para o mal. Aliás, a própria atividade política nada mais é do que um mercado, a serviço de interesses próprios... Democracia neles! Os eleitores são como o elefante que, se soubesse a força que tem, desbancaria o leão do trono de rei dos animais. Nunca, "neste país", votar bem será tão importante como neste ano! Fora com essas saúvas autoritárias, arrogantes, mentirosas e incompetentes! Basta de PT e de "esquerdopatas"! Nota do Editor: Ubiratan Iorio é Doutor em Economia pela EPGE/FGV. É Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ e Vice-Presidente do Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista (CIEEP), Professor Adjunto do Departamento de Análise Econômica da FCE/UERJ, do Mestrado do IBMEC, Fundação Getulio Vargas e da PUC/RJ. É escritor com dezenas de artigos publicados em jornais e revistas.
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