É pura verdade, coisa antiga essa de fazer reverência com o chapéu, mais ou menos do tempo em que um aperto de mão selava um contrato e havia espaço para a educação, o respeito e vergonha. Essas coisas eram de adulto, as crianças brincavam de amarelinha, cabra cega, casinha, mocinho e bandido, jogavam pião e empinavam papagaio. Quem não brincou de banco imobiliário e batalha naval? Como era divertido pegar um monte de dinheiro, que não era nosso, jogar os dados e gastá-lo sem parcimônia ou planejamento. O Daniel era um azarado, na batalha naval só dava tiro n’água raramente acertava alguma coisa, mas não era falta de inteligência não, isso ele tinha de sobra, era puro azar! Bons tempos aqueles, hoje reverência só se faz com o chapéu dos outros, mas ainda existem os brincalhões que esbanjam dinheiro que não é seu em banalidades sem pé e cabeça e que assim como o Daniel só dão tiro na água, com a diferença que ao primeiro faltava sorte e a esses inteligência. Dias, você alegra os meus dias, vida longa e que Netuno o acompanhe.
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