Segundo afirmou Anthony Garotinho, às vésperas da cassação de José Dirceu, este lhe procurou pedindo que a bancada evangélica votasse pela absolvição. Ainda de acordo com Garotinho, o argumento utilizado por Dirceu foi o seguinte: "Todo político tem alguém que faz o lado mau. Estou pagando agora por ter feito o lado mau para Lula. Tudo o que fiz foi por ordem do Lula". Ora Bolas, o relatório do Procurador-Geral da República, Antonio Fernando Souza, que denunciou a existência de uma quadrilha instalada no governo Lula, entre eles Dirceu e membros da cúpula do PT, é demasiadamente claro e contundente para ser contestado. Se é mesmo verdade o que diz Garotinho (e Dirceu não o contestou), conclui-se, pela lógica mais elementar, que o chefe da quadrilha só pode ser àquele de quem Dirceu disse ter recebido ordens, certo? Nota do Editor: Rodrigo Borges de Campos Netto é cientista político.
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