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Crônicas
15/05/2006 - 18h07
Explosão nuclear é fichinha...
Artur de Carvalho - Agência Carta Maior
 

Dia 26 de abril, foi o vigésimo aniversário do maior acidente nuclear da história da civilização: a explosão da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. A tragédia resultou em milhares de mortes, desenvolvimento de cânceres em outros milhares, mais de 350 mil desabrigados, contaminação do solo e um monte de outros efeitos que ainda estamos por descobrir, já que nunca havia acontecido algo sequer parecido em qualquer outro lugar do mundo.

Um desses efeitos, por incrível que pareça, teve seu lado bom. Já que todas as pessoas foram evacuadas do lugar, deixando toda a área só para os animais, eles estão se multiplicando em número surpreendente. Espécies que não eram vistas há décadas na região, como o lince, o urso e uma espécie de coruja gigante, começaram a retornar. A população do javali selvagem, por exemplo, só nos dois anos seguintes à explosão aumentou mais de oito vezes. E até mesmo nas ruínas do que restou da usina nuclear hoje podem ser encontrados ninhos de pombos, andorinhas e várias espécies de outros pássaros.

E não são só os animais não. As plantas também. Uma floresta próxima da área, que passou a ser chamada de "Floresta Vermelha" por causa da estranha cor avermelhada que as árvores assumiram logo após o acidente, está se desenvolvendo e aumentando de tamanho rapidamente, tornando-se uma espécie de santuário ecológico para uma imensa diversidade de vida selvagem. A coisa parece estar dando tão certo por lá que já têm uns ecologistas pensando até em enterrar lixo atômico em algumas florestas tropicais em risco de extinção, para espantar de vez os garimpeiros e madeireiros ilegais.

Agora, não é que a radiação faça bem para a natureza. Muito pelo contrário. Cientistas vêm fazendo exames periódicos em alguns dos animais e plantas nascidos na área e têm constatado que muitos deles ainda possuem altíssimos níveis de radiação e é muito grande o número de indivíduos que desenvolveram algum tipo de mutação genética. Então, porque é que eles estão se multiplicando dessa maneira? Acontece que, mesmo graves, esses problemas não chegam nem aos pés do mal que causam as plantações cheias de veneno, as caçadas esportivas, as indústrias, as estradas, as cidades e os esgotos.

Com isso tudo, a gente só pode chegar a uma conclusão. A presença do ser humano é a pior coisa que poderia ter acontecido com o planeta Terra, até mesmo se a compararmos com o mais trágico dos acidentes imagináveis: uma explosão nuclear. Dá para acreditar numa coisa dessas?

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