Uma carta manuscrita, atribuída ao ex-prefeito Paulo Maluf (PP), está entre os documentos bancários enviados pela Suíça ao Brasil. No texto da carta Maluf doa o saldo de uma conta bancária para seus quatro filhos, Flávio, Otávio, Lígia e Lina. O texto é encerrado com a assinatura do ex-prefeito. A carta em inglês foi divulgada pelo "Jornal Nacional", da TV Globo. É datada de 16 de dezembro de 1996 e dirigida ao banco UBS de Zurique. Diz o texto: "Eu gostaria de fazer uma doação de todo dinheiro atualmente existente na fundação White Gold para os meus quatro filhos em parte iguais". Não deve ser muito difícil saber, através de exames, se a carta é de fato de 1996. Caso seja, então Maluf mente quanto à falsidade. Em 1996, ninguém teria a idéia de mandar uma carta falsa para a Suíça com a finalidade de incriminar o ex-prefeito. Naquela época não se cogitava dele ter contas no exterior. É só fazer exames de laboratório, comprovar a idade da carta e atestar através de exames grafológicos a autenticidade da assinatura. Mesmo que tudo indique ser a carta verdadeira, ainda assim ele negará. Dá para prever que até a morte terá trabalho com Maluf. No dia do encontro: - Dr. Maluf? - A quem devo a honra? - Eu sou a Morte, seu tempo expirou. Vamos? - Aonde? - Para a sua morada eterna. - Um momento madame deve haver algum engano. - Como engano? Em cinco mil anos nunca me enganei. O senhor não é o Paulo Maluf? - Não minha senhora, eu sou outra pessoa, embora tenha nascido no mesmo dia e no mesmo lugar que esse senhor que a senhora procura. - Sua mãe é a dona Maria Maluf? - Perfeitamente minha senhora, desculpe, quando lembro de minha santa mãe me emociono. - Está bem, então vamos. - A senhora não entendeu direito eu não sou o Maluf? Está aqui o Adilson Laranjeira, meu amigo inseparável para confirmar. Eu sou o Maluf Laranjeira? - Não doutor Paulo, o senhor não é o Maluf. Nesse momento a morte visivelmente agastada, cortou a cabeça da dupla com um golpe de foice e saiu resmungando: - Difícil encontrar esse tal de Maluf. Na dúvida levo estes dois.
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
|