Do "Contra" - Há um tipo de cidadão que tem um prazer muito especial em contestar. É contra as opiniões alheias e, se possível, faz disto motivo para grandes discussões. Além de discordar sempre que é contrariado, adora ser ostensivamente "do contra". É prolixo e exagera no vocabulário debochado. Necessita de que todos ouçam os seus excitados discursos. Não importa a idade; sempre se comporta como "aborrecente" implicante. Enquanto não consegue intrigar bastante, não pára com as provocações, tentando de variadas formas infernizar quem o contraria. Complexo de "Pavão" - Esse tipo de cidadão lança mão de qualquer recurso para aparecer e brilhar. Ornamenta-se como quem vai entrar em cena, exibindo "performances" teatrais de um profundo mau gosto e de nenhuma arte. O tipo "pavão" vive o amor próprio do avesso, embriagado por uma fantasia exibicionista e um atroz complexo de superioridade. Esforça-se para parecer mais do que é e não se satisfaz. Ostenta-se uma arrogância para os observadores mais sagazes. Quer sempre aparentar que está melhor ou é melhor do que os demais. Complexo de "César" - A mistura se origina de sua vaidade e de seu orgulho doentio. O complexo de "César" se traduz em - "preferir ser o primeiro da aldeia do que o segundo em Roma". Imagina-se tão extraordinário, que deve sempre estar em primeiro plano, chamando a atenção de todos ou recebendo deferências especiais, é sinal de pouco desenvolvimento espiritual, prepotente e autoritário. Moralismo - Uma faceta bem marcada do tipo é o moralismo exacerbado que, em alguns casos, chega às fronteiras do ridículo. Esse indivíduo se arroga o direito de julgar e condenar os erros de seus oponentes. Afirma, com uma certeza assombrosa o seu mérito pelo seu autovalor. E diz a outros o que deveria ser feito, ser dito e ser pensado. Também é marca de sua personalidade uma postura paradoxal - ele cria uma lei para o mundo exterior, bem rígida e austera, e outra para si mesmo, bastante amena e incrivelmente elástica. No papel de julgador é implacável. O que é errado para os outros deve ser punido ou, pelo menos, criticado. Quando flagrado em erro, ele tem explicações para tudo, defende-se com veemência e lança mão de qualquer trunfo que argumente a seu favor. Do sábio taoista: "Aquele que conhece o outro é SÁBIO; Aquele que conhece a si mesmo é ILUMINADO; Aquele que vence o outro é FORTE; Aquele que vence a si mesmo é PODEROSO; Aquele que conhece a alegria é RICO; Aquele que conserva o seu caminho tem VONTADE; Seja humilde e permanecerás INTEGRO; Curva-te e permanecerás ERETO; Esvazia-te e permanecerás REPLETO; Gasta-te e permanecerás NOVO; O Sábio não se exibe, por isso BRILHA; Ele não se faz notar e por isso é NOTADO; Ele não se elogia e por isso tem MÉRITO; E, porque não está competindo... Ninguém no mundo pode competir com ele". (Lao Tse - estrategista chinês que viveu entre VI e V séculos antes da era cristã). Orlando Vicente Sales Advogado adv_orlando@yahoo.com.br
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