É hora de focar as investigações e ouvir o outro lado da questão
O Procurador de Justiça e Presidente da Associação Paulista do Ministério Público - APMP, João Antonio Garreta Prats alerta para mais uma conseqüência grave dos ataques criminosos que aconteceram em São Paulo no mês de maio: "Essa verdadeira ação terrorista desencadeou diversas mortes de policiais civis e militares. O fato é que, por conta de paixões políticas e interesses menores, alguns representantes de órgãos estatais e de organizações não governamentais esforçam-se para desmoralizar os responsáveis pelo restabelecimento da ordem". O que se deve questionar é: os policiais - mortos ou sobreviventes - são vítimas ou criminosos? Existe aqui uma inversão de valores, uma mudança no foco do problema. O Procurador afirma: "Depois desse episódio lamentável, algumas organizações clamam pela punição de agentes da lei por excessos de que sequer indícios há. Pedem a destituição dos responsáveis pelos órgãos de segurança. Exigem publicação de nomes de marginais mortos, ainda que isso possa custar a vida de mais policiais ou atrapalhar a punição dos que ainda estão soltos". O objetivo do procurador não é defender a impunidade, tantos dos criminosos quanto de policias que, por ventura, possam ter abusado de seu cargo. Mas que tudo seja devidamente apurado com base em fatos concretos e documentados. Dr. Garreta afirma ainda que não se pode admitir conclusões precipitadas, e até irresponsáveis, baseando-se unicamente em boletins de ocorrências e esboços de laudos. Em contraposição, os responsáveis pela efetiva apuração desses episódios criminosos - os Promotores de Justiça que atuam no Foro Central Criminal da Capital - prestaram solidariedade às famílias dos policiais e reconheceram a eficiência das Polícias Civil e Militar. Há a certeza de que, como sempre, aqueles que verdadeiramente se dedicam à garantia da paz e da ordem, cumprirão seus papéis, norteados exclusivamente pela lei.
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