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Crônicas
05/06/2006 - 07h06
A vez do voto
João Soares Neto - Agência Carta Maior
 

O que aconteceu em São Paulo há duas semanas foi um absurdo, embora real. Por outro lado, segundo especialistas em fome, a cada 04 segundos uma pessoa morre por absoluta falta de comida no mundo. Os índices de violência, seqüestro, estupro, pedofilia e crimes contra a vida aumentam de forma assustadora e os economistas descobriram tardiamente o que todos desconfiavam: não sabem fazer previsões e continuam falando. Há desemprego, inadimplência, denúncias de corrupção e falta dinheiro para as empresas girarem seus negócios. Os funcionários públicos reclamam por aumentos, o governo eterniza impostos que se diziam temporários, as fiscalizações exorbitam, advogados aumentam suas clientelas e a Justiça fica abarrotada de ações, sendo mais de 50% originadas do próprio governo.

Por outro lado, cá em entre nós, lembre-se que haverá eleições em outubro e, já, já, tudo será prometido, além de tudo ser permitido a uma imprensa dita investigativa, parte a serviço de interesses, falseando a verdade, julgando sem provas e condenando, como se tribunal fosse, os que não são de seu agrado. O que vale é iludir, confundir, difundir e denegrir o outro. É como se fosse um grande festival de ilusionismo com centrais de fofocas e fofoqueiros espalhados por todo o país.

Dentro de três meses serão abertas as caixas de Pandora com os programas eleitorais gratuitos nas emissoras de rádio e televisão. Todos terão soluções, serão simpáticos, mostrarão suas famílias, brincarão com crianças, criticarão sem provar, abraçarão velhos, dirão que são melhores que os adversários e justificarão alianças.

Cada um deve ver com os seus próprios olhos e escutar com as suas ouças. Julguem pelas histórias de vida de cada um, esqueçam os gestos teatrais, cenários, falas melífluas e ares de bonzinhos. Você não perde tempo em ouvir e ver, desde que descubra, por seu próprio caminho, o que é cidadania, a certeza de que está no gozo de seus direitos e tem a responsabilidade ou dever de exercê-los.

Mantenha a capacidade de se indignar ou apaixonar, dar respostas aos criadores de vendavais, aos que estão aí há muito tempo e só falam em futuro, como se não estivessem comprometidos até agora com o nosso passado e não vivessem neste presente tão árduo e carente de homens públicos verdadeiros.

Sua arma contra esse vendaval será o voto. É a sua flecha da esperança. E você poderá usá-la de forma silenciosa, sem medo, sem alardes, com os olhos no futuro que deseja e espera, sem esquecer o que muitos prometeram e não fizeram no passado e presente, embora rindo, apertando mãos e dourando pílulas que não conseguimos engolir.

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