De acordo com ortopedista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, João Ellera Gomes, a Artrose é uma doença que envolve a degeneração da cartilagem e pode atingir diferentes articulações, sendo a mais comum o joelho, quadril e coluna. O médico explica que a doença se divide em primária e secundária. Na primária, a causa pode ser hereditária e atinge mais mulheres, na faixa de 60 a 70 anos. A secundária se caracteriza pela degeneração da articulação comprometida em função de seqüelas de traumas agudos no passado, com ou sem fraturas, microtraumas de repetição, desalinhamento dos membros inferiores ou doença reumática.

Segundo João Ellera Gomes, como a medicina ainda não consegue repor a cartilagem com a evolução da doença, a solução atualmente disponível, além de remédios, é a cirurgia. Busca-se sempre que possível tentar estabilizar o problema, ficando a prótese articular como último recurso, já que nela se troca a articulação natural por outra artificial. "Nos casos iniciais, o tratamento é feito com medicação para dor, antiinflamatório, fisioterapia, em alguns casos palmilhas especiais". O médico lembra a importância da mudança de hábito de vida. Uma pessoa com artrose no joelho, exemplifica, deve evitar subir escadas, lombas e agachar.

Em qualquer estágio da doença a fisioterapia pode auxiliar no combate a dor, mas a aplicação do tratamento depende do grau da Artrose. O profissional ressalta o tratamento fisioterápico deverá se adaptado a cada caso particular, dependendo da gravidade da situação, articulações afetadas, natureza dos sintomas, idade, ocupação e atividades diárias. Ele salienta que o exercício físico regular equilibrado auxilia no controle da Artrose, mas isto antes dela estabelecer-se. Muitos pacientes decidem iniciar com atividades físicas regulares após saberem que já estão com Osteoartrose, quando na realidade deveriam tê-lo feito bem antes. Embora várias pesquisas sobre o uso de células tronco na Osteoartrose já estejam em andamento no nosso meio, ainda é muito cedo para sabermos o quanto elas serão capazes de mudar o quadro atual da evolução e do tratamento dessa patologia tão restritiva.