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Medicina e Saúde
29/06/2006 - 12h15
O frio e as doenças respiratórias
 
 
Com o frio, doenças respiratórias enchem consultórios e hospitais de todo o país

Na chegada do outono, temperaturas mais baixas fazem com que as pessoas permaneçam constantemente em ambientes fechados, sem ventilação adequada. "Nestes locais, a concentração de ácaros, poeira, mofo e outras substâncias alérgenas é maior, desencadeando crises de asma e outras alergias respiratórias", explica o Dr. Rafael Stelmach, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

No Brasil, esta é a terceira causa de hospitalização pelo SUS, provocando, de acordo com estudos epidemiológicos do Datasus, 376 mil internações ao ano. Os dados são alarmantes e nos colocam como 8º país no mundo em prevalência de asma.

Aproximadamente 20% dos brasileiros têm ou já tiveram alguma manifestação da doença, sendo que 25% destes têm a forma moderada ou grave, que pode levar à morte se não diagnosticada e tratada corretamente.

O resultado disso é que, ainda que o Brasil esteja alinhado à tecnologia e medicação disponíveis na Europa e Estados Unidos, dispondo de todos os recursos para um diagnóstico preciso e tratamento eficaz, morrem em média 6 pacientes diariamente em decorrência da falta de diagnóstico e/ou tratamento adequados.

Diagnóstico e tratamento

A asma é uma doença pulmonar caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas, que se estreitam e oferecem dificuldade respiratória. De acordo com a Drª Ana Luisa, da SPPT, as vias respiratórias do paciente asmático têm uma resposta exagerada quando em contato com determinada substância, denominada alérgeno. "Em sua presença, os brônquios se fecham, num movimento de defesa, reduzindo a passagem de ar que chega aos pulmões. As constantes repetições desta reação, chamada broncoespasmo, provocam inflamação, que faz com que as vias aéreas fiquem ainda mais sensíveis".

Uma vez inflamadas e, portanto, mais sensíveis, crises de asma podem ocorrer por diversos fatores ambientais, como alterações climáticas, ou quando em contato com poeira, mofo, pólen, cheiros fortes, pêlos de animais, gripes ou resfriados, fumaça, ingestão de alguns alimentos ou medicamentos.

Os principais sintomas da asma são tosse, chiado no peito e falta de ar, que aparecem de forma cíclica, com alternância de períodos de melhora e piora.

Qualquer que seja o caso ou a gravidade da doença, as crises podem ser evitadas e o paciente consegue levar uma vida normal, inclusive praticando atividade física. Para isso, basta que este asmático seja diagnosticado corretamente e siga as orientações médicas.

Legislação que favorece pacientes é deficiente

Está em vigor desde o início de abril a portaria 406/GM, de 23 de fevereiro, que descentraliza recursos financeiros - do Ministério da Saúde para os municípios -, destinados ao custeio de medicamentos para hipertensão, diabetes, asma e rinite.

A medida complementa a portaria nº 2.084/GM, de 26 de outubro de 2005, que estabelece mecanismos e responsabilidades para o financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica. Esta primeira determinação define para o grupo asma/rinite um valor anual de R$ 0,95 per capita, para a compra dos antiinflamatórios esteóides Beclometasona 250 mcg (inalatório de uso oral), Beclometasona 50 mcg (spray inalatório de uso nasal), Prednisona 20mg (comprimido) e Prednisona 5mg (comprimido); e do broncodilatador Salbutamol nas versões 2mg/5ml (xarope), 100mcg (aerosol inalatório) e 2mg (comprimido).

A medida é um avanço, explica o Dr. Rafael Stelmach, por reconhecer a asma como uma doença extremamente importante, constando das ações de atenção básica à saúde. Porém, ainda não é a solução. Tem uma série de lacunas que poderão dificultar o tratamento de parte dos pacientes. Além de faltar à lista alguns medicamentos importantes, não há como prever qual fatia desta verba será destinada a cada medicamento, ou a cada doença".

Outro problema da portaria é o fato de os recursos serem destinados visando a apenas o número de habitantes de cada município e não suas particularidades. "Infelizmente a distribuição não será uniforme, visto que os mesmos R$ 0,95 per capita deverão custear a compra do medicamento em São Paulo, onde o preço é mais barato, e também em municípios mais distantes, como os do Amazonas, nos quais o custo dos remédios é mais alto".

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