Hoje, 02 de julho, o México realiza eleições presidenciais com 71 milhões de eleitores. O que isso tem a ver conosco? Muito. O México é a mais pujante força latina das Américas. Seu ritmo de crescimento tem demonstrado que deu passos decisivos para tentar resolver mazelas que se perpetuavam, especialmente em zonas conflagradas, como a região de Puebla. Hoje, Vicente Fox, o atual presidente, está com 70% de aprovação, entrega um país organizado e com os pés fincados no desenvolvimento. Nem por isso há no México a possibilidade de reeleição, após o mandato de seis anos. Assim é que, entre cinco candidatos, Felipe Calderón, do Partido da Ação Nacional, PAN, conservador, e Lopes Obrador, do Partido da Revolução Democrática, PRD, esquerdista, disputam, com chances reais de vitória. O novo presidente terá papel fundamental na consolidação do crescimento interno e na luta pela legalização dos 15 milhões de "indocumentados" latinos, a maioria mexicanos, que vivem nos Estados Unidos. Obrador, opositor da privatização, é pelo esforço antiinflação, com fixação de preços agrícolas e esforço para baixar o preço da gasolina e gás de cozinha. Pretende aumentar os gastos com educação e saúde, combater a pobreza e melhorar a distribuição de renda. Deseja unificar as forças policiais, dar relevância ao Ministério Público e criar varas especiais de justiça para o combate de crimes, especialmente o narcotráfico. É contra as propostas americanas de criação de muros e barreiras ao longo da fronteira e vai lutar para que as leis de imigração ianques sejam reformadas urgentemente. Afirma que o Acordo Norte-Americano de Livre Comércio, o Nafta, tem beneficiado mais as multinacionais que os mexicanos. Deseja manter os níveis de produção de petróleo e aumentar a de gás natural, ainda dependente dos EUA. Calderón é favorável a investimentos estrangeiros, inclusive no petróleo, manterá a atual política fiscal, mas tentará fazer as empresas darem empregos a jovens entre 16 e 28 anos, com isenção de impostos por um ano. Deseja reduzir as alíquotas de imposto de renda e combater a pobreza com assistência médica gratuita e melhorar a educação nas comunidades pobres. Não hesitará em guerrear o crime organizado, com um banco de dados centralizado, treinar as forças policiais e modernizar o sistema judiciário por meio de julgamentos orais. Na política externa, defende a multilateralidade. Não terá medo de fazer um governo de coalização, se for eleito presidente, mas seu partido não atingir a maioria. Arriba México!
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