Não curto futebol. Só assisto jogos da copa, principalmente os do Brasil, porque, no caso, não é futebol, é guerra! Por isso, resolvi dar uns palpites profanos em relação ao papelão do Brasil na Copa. Voltemos a 1970, quando ganhamos o caneco, para alegria de toda a galera. A aprovação ao Presidente Médici era quase cem por cento. Só os bandidos vermelhos – hoje no poder - não gostavam dele. Quando ia ao Maracanã ou ao estádio do Grêmio, em Porto Alegre, era ovacionado, de pé. Hoje, Lula tem medo de ir até em inauguração de carrinho de pipoca, pois a vaia é certa. O exemplo vem de cima. Temos no governo (sem falar nas centenas de sanguessugas etc.), uma quadrilha de criminosos de, no mínimo, quarenta asseclas, segundo ninguém menos que o Procurador Geral da República. Na presidência, temos um comunista incompetente, pau-mandado de Fidel Castro, de Hugo Chávez e de Evo Morales. Seu desgoverno irradia-se por quase todos os setores da Nação. Até no futebol! Quando foi escolhido para a seleção um técnico que afirmara que "o gol é apenas um detalhe", percebi que o resultado só poderia ser um desastre. Em meses de preparação, contando com alguns dos mais badalados jogadores do mundo, Parreira não conseguiu – ou não quis - formar um time. Apesar de sua empáfia e arrogância, revelou-se o óbvio: Parreira é o anti-Felipão. Afinal de contas, Parreira publicou o livro "Formando Equipes Vencedoras". Será que ele esqueceu sua receita de formar equipes vencedoras ou será que os franceses o leram e aplicaram, e ele não? Mistério! O povão acha até que ele se vendeu ao adversário. Não à toa, Telê Santana, o mais respeitado dentre os técnicos, declarou que a copa não é coisa para pessoas decentes... Parreira deixou os melhores jogadores no banco de reserva e escalou os donos das capitanias hereditárias do futebol, com o desastre que fez sangrar de dor o coração de 180 milhões de brasileiros. Só o Parreira não se importou, como vimos pela TV. Nem mesmo torceu pelo Brasil. Cafu, ao que me lembre, não acertou nem um passe. Afinal de contas, para que time ele estava jogando? Ronaldinho, que prometia ser a sensação da copa, foi neutralizado ao ser colocado em uma posição que não era a sua, e até tropeçou na bola!!! Roberto Carlos, outro badaladíssimo, só sabia dar chutões antiaéreos, desperdiçando passes, em vez de passar a bola para companheiros melhor situados. Por ocasião do gol francês, ele estava arrumando a meia... Parreira não viu isto? Com certeza não tinha tempo. Estava pensando em dar entrevistas, e consta que até cobrava para tanto. É o fantasma do Gérson: tirar vantagem em tudo. A torcida, que se dane! Até o excelente Dida, ao "aceitar" o gol de vitória dos franceses, amarelou e, em vez de pular na bola, caiu para trás... O Brasil só jogou de fato contra o Japão, porque sangue novo foi injetado no time. Os outros jogos foram apenas palhaçadas. No jogo com a França, então, nossos "craques" contentaram-se em assistir o show de Zidane. Inacreditável! Em noventa minutos de jogo, o Brasil só deu UM chute a gol! Qualquer time de várzea teria feito melhor. Enquanto isto, os franceses jogavam com a corda toda. Antes do jogo, Zidane abraçou Ronaldo, o "fenômeno", com um sorriso sarcástico, silencioso, mas prenhe de zombaria, como se soubesse que o resultado já estava encomendado. Os portugueses também perderam de um a zero (com a ajuda do juiz, que marcou um pênalti inexistente contra Portugal e deixou de marcar contra a França um pênalti de fato) porém jogaram com raça e patriotismo, ao contrário de nossos patrícios, que expuseram o Brasil ao ridículo perante o mundo. Prevaleceu o clima de molecagem, com passes errados e chutões antiaéreos. Não é a primeira vez que isso acontece. Na copa de 1982 fomos derrotados pelo carrasco italiano Paulo Rossi, que também estava um foguete. Nossos jogadores, apalermados, assistiram o massacre, apesar de que a Itália, naquela copa, ter tido um desempenho sofrível, exceto no jogo contra o Brasil. Aconteceu o mesmo quando de nossa penúltima derrota frente a França. Os brasileiros pareciam zumbis no campo e levaram uma surra dos franceses, que esbanjavam vitalidade e energia. Antes do jogo, inexplicavelmente, Ronaldo sofreu um desmaio, ou um ataque, jamais explicado. Tem coelho nesta moita, não? Para entender esse mistério, recuemos no tempo, na copa de 90, por ocasião de um jogo com nossa arqui-rival, a Argentina, que eliminou o Brasil já nas oitavas de final. Em uma interrupção do jogo, um brasileiro, como de hábito, resolveu tomar um pouco de água. Sem cerimônia, enfiou a mão em um engradado do encarregado argentino e levou uma garrafa à boca. O encarregado deu um pulo, tomou a garrafa do jogador brasileiro e mostrou-lhe outro engradado, dizendo: "para vocês, a água é aquela!" Esta cena foi muito comentada mas caiu no olvido. Só um débil mental não percebe o óbvio ululante, que na água servida aos argentinos, havia algum estimulante e, na reservada aos brasileiros, algum sedativo do tipo "boa noite Cinderela". Só que erraram a dose com Ronaldo... Esta malandragem é mais comum do que se imagina e, obviamente, ocorreu também no jogo do Brasil com a França, o que explica a explosão de energia dos franceses e a pasmaceira de nossos jogadores – evidentemente dopados. Parece que as últimas copas foram ganhas, não no campo, mas nos laboratórios dos bioquímicos... Deveria ser uma rotina o exame anti-doping, inclusive da água. Só me lembro de uma vez em que, a pedido de Havelange, aquela figura repugnante chamada Maradona, foi escolhida para um exame anti-doping, e o resultado foi, evidentemente, positivo. Não é segredo para ninguém o uso abusivo de estimulantes em competições esportivas. Os países comunistas sempre os usaram e abusaram e, graças a esta deslealdade, própria dos comunas, ganharam inúmeras medalhas. Depois do desmoronamento do Império do Mal, o desempenho dos antigos heróis foi decepcionante, demonstrando como os chefões comunistas usavam os atletas como arma de propaganda. Os danos à saúde dos atletas não era preocupação para o governo comunista, como sempre. Também no Ocidente usam-se estimulantes de vários tipos, além dos anabolizantes. Quando os médicos descobrem meios de detectar o uso da "bolinha do dia", esportistas desonestos descobrem outras substâncias que não são identificadas pelos exames. Ultimamente, como as anfetaminas são fáceis de detectar, passaram a usar, dentre outros, o Modafinil, que não é uma anfetamina e sim um estimulante dos neurônios orexinérgicos, indicado para combater a narcolepsia, que provoca ataques de sono durante o dia, nas horas mais impróprias. Devem existir dezenas de estimulantes que não podem ser detectados, assim como devem existir sedativos de todos os tipos, como barbitúricos, benzodiazepínicos e opiáceos. É preciso ser muito inocente para acreditar que estes produtos não são usados nas competições esportivas, principalmente nas copas. E também nas olimpíadas. Muito sugestivo foi o momento em que um jornalista brasileiro entrevistou um jogador adversário. Depois de noventa minutos de correria, ele deu entrevista aos pulos, esbanjando energia, para espanto do repórter. Estava, é óbvio, completamente turbinado com anfetaminas. Mais difícil de detectar é a corrupção financeira, que deve rolar alto nas competições esportivas. Quantos atletas não recebem ofertas milionárias para darem um jeitinho para perder? Lembro-me de dois grandes ases do futebol que, em momentos decisivos, na porta do gol, chutaram a bola para fora. Passaram por um vexame, mas a torcida cedo esqueceu, enquanto suas contas bancárias numeradas devem ter recebido generosas doações. Todos devem se lembrar também de um treinador para a seleção que teve que ser defenestrado porque se preocupava mais em fazer negociatas que em formar um time. Estas pequenas amostras, sob o ponto de vista de um leigo em esporte, porém bastante consciente da sordidez da natureza humana, sugerem o esgoto moral que certamente existe nos porões do futebol. Por isso, aconselho a quem quiser assistir um jogo de futebol de verdade, que prefira as peladas de várzea, ainda não contaminadas pelas imundícies dos bastidores dos esportes profissionais, que nos fazem de palhaços, torcendo, por exemplo, por uma seleção vergonhosa que não conseguiu nem chegar às finais. O brasileiro, que torce de todo coração pelo seu time, com fervor patriótico, não merece esta decepção que enlutou o Brasil depois da segunda derrota, também altamente suspeita, perante o time da França. Nota do Editor: Huascar Terra do Valle é ensaísta e advogado. Dedica-se a estudos nas áreas da filosofia, história, arqueologia, linguística, semântica geral, psicologia, psicanálise, cosmogonia, cosmologia, etologia e sociobiologia. É colunista do site Mídia sem Máscara. É autor das obras "Hino à Liberdade" e "Tratado de Economia Profana". Entre seu material inédito, constam as obras "Sociedade da Desconfiança", "Trincheiras do Iluminismo", "A Treatise on Profane Religion", "The Twilight of Gods" e "Jesus, from Abraham to Marx".
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