É estarrecedor! Simplesmente estarrecedor! Finalmente, ficamos sabendo qual a verdadeira causa da destruição das plantações de cacau no sul da Bahia. O leitor poderá pensar: "Ora bolas, a causa foi uma terrível praga conhecida como vassoura de bruxa!" Sem dúvida, mas é sabido que a referida praga não teve sua origem na terra de Jorge Amado e João Ubaldo. Ela é proveniente da região amazônica. Se é assim, como se deslocou para tão longe? Ora, pragas não se deslocam para tão longe: são voluntária ou involuntariamente deslocadas por alguém. Ora bolas, isto os baianos já sabiam. O que eles não sabiam era quem e como trouxe a vassoura de bruxa para a Bahia e se isto foi um lamentável acidente ou coisa destinada a destruir a economia do sul da Bahia, arruinando grandes plantações de cacau e gerando grande desemprego na região. Sabe-se que o referido Estado da Federação era o maior produtor de cacau do Brasil e o Brasil um dos maiores do mundo. Mas em junho de 2006, ficamos finalmente sabendo qual a verdadeira causa da tragédia cacaueira. De acordo com a confissão de um dos envolvidos no episódio, a vassoura de bruxa tinha sido trazida para a referida região lá pela década de 1990 por membros do PT baiano. É inacreditável! Mas com que finalidade? Destruir pelo prazer de destruir? Arruinar grandes fazendas pelo prazer de arruinar grandes fazendas? Não, a destruição das plantações era apenas um meio, tendo como finalidade levar à ruína os grandes fazendeiros de cacau, que dominavam a política na região, e causar a desgraça geral, de modo a criar condições favoráveis para a pregação esquerdista dos candidatos da estrela vermelha, que acabaram ganhando todas as eleições. Como se sabe, assim como os urubus proliferam onde há carniça, as esquerdas e - principalmente o PT (Perda Total) - proliferam onde há miséria e ignorância. Ou onde não há a primeira, mas há a segunda (nas universidades e na mídia, por exemplo). Tratou-se, portanto, da aplicação de um método semelhante ao de Satan Hussein, que eliminou a oposição ao seu regime de uma maneira inegavelmente eficaz: eliminando todos os membros da oposição com rajadas de metralhadora desferidas dentro do Parlamento iraquiano. De fato, sem opositores não há oposição, do mesmo modo que sem pobres, não há pobreza. Logo se um governante quer eliminar a pobreza, basta eliminar os pobres, dando comida envenenada aos mesmos, como propunha o ilustre deputado Justo Veríssimo (Nenhum parentesco com Luís Fernando Veríssimo). Eis o que é o PT: um partido que não hesita em destruir a economia de uma região causando grande desemprego e miséria, para alcançar seus objetivos políticos. Esta é a política de terra arrasada que tem como o lema: QUANTO PIOR, MELHOR! Não somente os membros do PT mas também muita gente hoje em dia costuma adotar a seguinte máxima: OS OBJETIVOS JUSTIFICAM OS MEIOS. Eu não sei de que maneira alguém pode aceitar essa máxima e, ao mesmo tempo, ter ética. Estou convencido de que sua aceitação implica inevitavelmente a morte de qualquer ética. Disponho de um argumento chuchu-beleza para mostrar isso. Acompanhe meu singelo raciocínio, caro leitor: 1ª premissa - Se os objetivos justificam os meios, então um objetivo considerado bom justificará todo e qualquer meio para alcançá-lo. 2ª premissa - Tornar-se rico é inegavelmente um bom objetivo. Conclusão - Logo, organize uma firma especializada em arrancar órgãos humanos e vendê-los, no mercado negro, para transplantes e torne-se cafetão da sua própria família, pondo sua patroa e filha rodando bolsinhas na esquina, pois ambas as atividades são altamente lucrativas. Nota do Editor: Mario Guerreiro é Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor Adjunto IV do Depto. de Filosofia da UFRJ. Ex-Pesquisador do CNPq. Ex-Membro do ILTC [Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência], da SBEC. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista. Membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da UniverCidade. Autor de obras como Problemas de Filosofia da Linguagem (EDUFF, Niterói, 1985); O Dizível e O Indizível (Papirus, Campinas, 1989); Ética Mínima Para Homens Práticos (Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1995). O Problema da Ficção na Filosofia Analítica (Editora UEL, Londrina, 1999). Ceticismo ou Senso Comum? (EDIPUCRS, Porto Alegre, 1999). Deus Existe? Uma Investigação Filosófica. (Editora UEL, Londrina, 2000). Liberdade ou Igualdade (Porto Alegre, EDIOUCRS, 2002).
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