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Medicina e Saúde
22/07/2006 - 17h08
Drogas avançadas previnem insuficiência cardíaca
Agência USP de Notícias
 

Comparação aponta medicamentos mais eficazes no tratamento da insuficiência cardíaca. Testes em camundongos indicam que os betabloqueadores de segunda e terceira geração normalizam tamanho de células do coração, além de terem efeito vasodilator e antioxidante, que previne a falência do músculo cardíaco

A segunda e a terceira geração de betabloqueadores, medicamentos usados no tratamento da insuficiência cardíaca, são mais eficazes e possuem efeito preventivo da doença. A comprovação foi feita por meio de testes em camundongos pela pesquisadora Andréa Somolanji Vanzelli, em dissertação de mestrado apresentada na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP. Na pesquisa, Andréa também aponta que os betabloqueadores de primeira geração, ainda usados no Brasil devido ao baixo custo, podem provocar efeitos colaterais.

A pesquisadora testou os betabloqueadores Propranolol (primeira geração), Metoprolol (segunda geração) e Carvedilol (terceira geração), os mais usados no País, em 66 camundongos com cardiomiopatia induzida por hiperatividade simpática. "Quando há insuficiência cardíaca, o sistema nervoso simpático apresenta um aumento da sua atividade para compensar a perda da força de contração do coração", explica.

No coração, os receptores do sistema nervoso simpático que fazem essa compensação são os beta-adrenérgicos. "A hiperatividade, a longo prazo, aumenta a falência cardíaca devido a liberação excessiva de uma substância neurotransmissora chamada noradrenalina", conta a pesquisadora. "Os betabloqueadores agem nos receptores beta-adrenérgicos, diminuindo a ação nociva da noradrenalina no tecido cardíaco."

Nos animais, a hiperatividade simpática é causada pela ausência dos genes que expressam os receptores alfa-2-A e alfa-2-C adrenérgicos. "O quadro é semelhante ao observado em seres humanos, em que o aumento da atividade simpática é acompanhado pela progressão da doença", relata.

Prevenção

Os betabloqueadores foram ministrados durante oito semanas por via oral (gavagem). O Metoprolol e o Carvedilol foram mais eficazes em prevenir a progressão da doença. Eles reduziram o tamanho das células do coração (miócitos cardíacos), de 23 para 17 micrômetros, valor similar ao do grupo de controle, que não foi medicado.

"Enquanto o Metoprolol age apenas em receptores beta-1 adrenérgicos, o Carvedilol atua também sobre outro tipo de receptores, os beta-2 adrenérgicos", afirma. "O medicamento também apresenta ação vasodilatadora e antioxidante, que entre outros benefícios, previnem o aumento da morte celular."

O uso do Propranolol gerou uma taxa de mortalidade de 46%, contra 20% dos outros medicamentos e do grupo não medicado. "O betabloqueador de primeira geração, embora ainda usado no Brasil devido a seu custo reduzido, não é bem tolerado, provocando, por exemplo, broncoespasmos", aponta a pesquisadora. No estudo, o Propranolol não foi eficaz em reduzir a fração de colágeno no coração. "Altos níveis de colágeno reduzem a elasticidade do músculo cardíaco, o que pode agravar o quadro de insuficiência."

Vanzelli aponta que o efeito fisiológico dos betabloqueadores de segunda e terceira geração foi semelhante. "A partir destes resultados, serão feitos estudos de biologia molecular com a expressão das proteínas reguladoras de cálcio envolvidas na falência cardíaca", relata. "Também será pesquisada em camundongos a ação dos betabloqueadores associados ao treinamento físico, que tem resultados positivos apontados em outros estudos."

O trabalho foi orientado pela professora Patrícia Chakur Brum, da EEFE. As medidas histológicas foram feitas no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP).

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