Para instituições e Gestores com excelência em praticas sustentáveis.
Durante o período da chamada Revolução Industrial não havia preocupação com a questão ambiental. Os recursos naturais eram abundantes, e a poluição não era foco da atenção da sociedade industrial e intelectual da época. Hoje a realidade é outra. Estamos avançando sobre os estoques naturais da Terra. Uma nova postura se fez necessária, e uma relação mais estreita foi estabelecida pelos limites dos sistemas (natural e econômico). Como resultado desta preocupação, tivemos na empresa, o surgimento das praticas gerenciais voltadas as questões socioambientais, visto que meio ambiente, sociedade e economia estão fatalmente interligados. Dentro do contexto gerencial, surgiu a ferramenta chamada Benchmarking, um processo sistemático e contínuo para avaliar produtos, serviços e processos das organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas com o propósito de realizar melhorias organizacionais. Trata-se de uma identificação dos melhores modelos de gestão (é o que o Prêmio Benchmarking Ambiental Brasileiro faz ao selecionar e apresentar os melhores cases corporativos da gestão socioambiental do país), e a partir daí, por meio de comparações de performances e métodos, proporcionar o nivelamento técnico gerencial desta área corporativa. As Vantagens do Benchmarking: "Empresas inteligentes estão passando para o benchmarking de ciclo rápido. ‘Ele é hoje um processo mais rápido e flexível para as empresas que desejam aumentar seus conhecimentos e tornar a administração bem-sucedida’, diz o professor David Garvin, responsável pelo programa de Estratégias de Gestão da Harvard Business Scholl. "Por que reinventar soluções competitivas já existentes investindo tempo e dinheiro. É mais racional, partir do já existente para desenvolvimento e/ou adaptações". Segundo o Prof. D. Enrique de la Rica, Director de la Escuela Europea de Estudios Universitarios y de Negocios (ESEUNE www.eseune.edu Neguri, Getxo - Bizkaia - Espanha), processos de melhoria contínua sem a pratica do Benchmarking conseguem em torno de 7% de melhoria em seus ações. Já com a inclusão da prática do Benchmarking, conseguem encontrar fórmulas que representam até 300% de melhoria. A conjugação de melhor desempenho com uma maior competitividade só é possível com mudanças tecnológicas e gerenciais. Daí a importância da adoção do Benchmarking para a melhoria contínua das práticas adotadas para a Sustentabilidade fundamentada no tripé das atitudes ambientalmente corretas, socialmente justas e economicamente viáveis (triple botton line). Tomando por base este fundamento, concluímos que enquanto o pilar econômico é condição básica para o surgimento e sobrevivência das empresas, os pilares social e ambiental são responsáveis pela sua perenidade. A competitividade responsável é cada vez mais exigida para ser bem sucedido, e considerado útil e bem-vindo a sociedade. O Benchmarking Socioambiental tem demonstrado ser uma excelente prática gerencial para queimar etapas e acelerar o desenvolvimento técnico-gerencial dos gestores e empresas. Trata-se de ferramenta de gestão que cresce a cada dia porque tem a melhor relação custo X benefício em se tratando da melhoria contínua por meio do compartilhamento de soluções inovadoras. Outro fator de destaque é o ambiente ideal que o Prêmio Benchmarking Ambiental Brasileiro (inscrições on-line até 05 de agosto no link: www.maisprojetos.com.br/bench) proporciona as empresas sustentáveis (tendência mundial), aquelas que são praticantes e promotoras das boas práticas gerenciais no meio corporativo, segundo definição e recomendação do ISE (Indicador de Sustentabilidade Empresarial). O ISE é um indicador técnico criado e administrado pela Bovespa para instituições de capital aberto consideradas empresas sustentáveis. Foi criado para atender uma tendência mundial que recomenda investimentos em empresas sustentáveis (aquelas que não apenas adotam, mas também atuam como promotoras das práticas sustentáveis, e desta forma, tornam-se mais competitivas e perenes frente aos desafios do mercado). O mais importante de tudo nesta condição é que os benefícios são para toda sociedade. Com o amadurecimento e aperfeiçoamento das empresas e seus gestores, teremos como resultado benefícios para o meio ambiente natural e para as comunidades, e conseqüente competitividade para as organizações e a economia do país. Todos ganham e a construção de uma sociedade sustentável se torna mais próxima e factível a nossa realidade. Nota do Editor: Marilena Lino de Almeida Lavorato: Especialista em Gestão Ambiental (IETEC), Gestão Estratégica de Negócios (FGV), Gestão Empresarial Estratégica com ênfase em Responsabilidade Social (USP-Educon), Marketing (ESPM), e Sociologia e Política com ênfase em Globalização (EPGSP/SP). Disciplinas especiais: IDA - Indicadores de Desempenho Ambiental e PPA - Políticas Públicas Ambientais (USP). Tem publicado artigos técnico-científicos em portais e revistas especializadas. Diretora Executiva MAISPROJETOS (Gestão Sócioambiental), Coordenadora GMGA - Grupo Multidisciplinar de Gestão Ambiental, Organizadora do Prêmio Benchmarking Ambiental Brasileiro, Coordenadora do Núcleo de Estudos "Adoção das Boas Práticas Ambientais nas Empresas e Instituições" do Setor de Estudos Marketing e Relações Institucionais do Projeto BECE/JMA e colunista JMA - Jornal do Meio Ambiente.
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