A Copa 2006 acabou não faz muito tempo e muitas pessoas sequer querem se lembrar que ela existiu. A desclassificação do Brasil pela França foi uma tragédia para muitos brasileiros. Alguns torcedores olhavam fixamente para TVs e telões e pareciam incrédulos, não aceitavam o resultado do jogo e lamentavam a eliminação da seleção nacional. Mas, apesar de tudo, é possível tirar algumas lições dessa Copa do Mundo para incrementar nossa carreira profissional. A começar pelo dia seguinte à fatídica partida contra os franceses. Parecia que a Copa 2006 não tinha nem acontecido, já que ninguém mais comentava sobre os jogos e a seleção. As ruas enfeitadas já eram coisas do passado. De uma hora para outra tudo aquilo que se relacionava à Copa tornou-se obsoleto, apesar de todos os recursos e tempo gastos com os preparativos, que tinham começado quatro anos atrás. Estranho? Nem tanto. A obsolescência na carreira também pode acontecer, principalmente na área tecnológica. Muitas vezes apostamos todas as fichas em um único conhecimento, gastamos tempo e recursos para adquirir as competências necessárias para desempenhar bem a função, mas, assim que chegamos ao apogeu, resolvemos parar de nos capacitar. Dependendo da área de atuação, o "dia seguinte" pode ser mais breve ou mais demorado. Mas ele chegará e, se não estivermos preparados para a mudança, poderemos ser considerados obsoletos antes do tempo. Por isso, manter-se sempre atualizado por meio de cursos de graduação, pós-graduação e especialização pode significar uma sobrevida maior no concorrido mercado de trabalho. Voltando à comparação com a Copa 2006, qual é o papel do técnico no desempenho do time? O técnico é aquele que escala o time, orienta os jogadores, define as estratégias para cada jogo, resolve os problemas de relacionamentos e procura fazer com que o jogador tenha o melhor desempenho de suas habilidades e competências. Nas empresas, essa atividade é realizada pelo coach, que tem a função de desenvolver o potencial e atingir a meta que o profissional deseja. Outra forma informal de coaching é alocar um profissional mais experiente para treinar e desenvolver um profissional menos experiente. Assim, consegue-se acelerar o processo de aprendizagem e favorecer o profissional em ascensão no desempenho de suas funções. O que mais se pode aprender com os jogos da Copa? Apesar da rivalidade entre as seleções, era comum observar alguns jogadores, de times opostos, conversarem no túnel de acesso para o campo. Esses relacionamentos foram construídos pelo fato de alguns deles terem defendido (ou defenderem) os mesmos clubes. Nesse caso, duas lições podem ser extraídas deste fato. A primeira refere-se à importância de conhecer um segundo idioma. A segunda diz respeito à construção de um network, ou rede de relacionamentos, isto é, a importância de se manter bem relacionado no mercado de trabalho e ter bons contatos. Trata-se de uma importante ferramenta para firmar relações e facilitar a recolocação do profissional no mercado. Desta forma, você pode ganhar o seu próprio campeonato profissional, desenvolvendo a carreira por meio de coaching, estudos e network, evitando tornar-se obsoleto antes da aposentadoria. Nota do Editor: Marcelo Okano, matemático especializado em Engenharia de Software, é coordenador dos cursos superiores em Tecnologia de Banco de Dados e Tecnologia em Redes de Computadores da Faculdade Módulo e professor de pós-graduação do curso de Gestão de Redes da FIAP - Faculdade de Informática e Administração Paulista.
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