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Medicina e Saúde
19/08/2006 - 10h27
Doenças relacionadas ao tabagismo
 
 
Problemas de caráter progressivo como a DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - podem aparecer também em pessoas que já abandonaram o hábito de fumar

Considerado um problema de saúde pública, o tabagismo está associado a inúmeros males que poderiam ser evitados com uma simples mudança de hábito. A lista de doenças é extensa e inclui cânceres de pulmão, de boca, de esôfago e estômago. Entre os problemas mais comuns relacionados ao tabaco, está a ainda pouco conhecida DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), que hoje afeta cerca de 5,5 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Consenso Brasileiro de DPOC.

A DPOC é uma alteração respiratória grave causada principalmente pelo hábito de fumar. A sigla é usada para classificar tanto a bronquite crônica quanto o enfisema pulmonar, manifestados em conjunto ou separadamente. Caracteriza-se pela presença de sintomas respiratórios crônicos, como tosse, produção de catarro e falta de ar. Uma das principais queixas dos pacientes é a dispnéia (dificuldade de respirar), que pode dificultar a realização de atividades cotidianas, como trocar de roupa ou tomar banho.

Por ter caráter progressivo, a DPOC pode se manifestar mesmo em quem já abandonou o cigarro. "A DPOC destrói lentamente o pulmão do paciente ao longo dos anos e os sintomas só serão percebidos a longo prazo. Quando a pessoa deixa de fumar, percebe a melhora da função respiratória, sente-se satisfeita com o resultado e pára de prestar atenção aos sintomas" explica o pneumologista Dr. Mauro Zamboni, Presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Sobre a DPOC

· A DPOC chega a matar 30 mil pessoas por ano no Brasil e, somente nas duas últimas décadas, cresceu 340%, segundo dados do estudo PLATINO, realizado em países da América Latina, pela Associação Latino-Americana de Tórax - ALAT.

· Cerca de 90% dos portadores de DPOC são fumantes ou ex-fumantes crônicos. Outros fatores de risco são exposição à poluição, combustíveis domiciliares (carvão e lenha), poeira e produtos industriais, além de fatores genéticos.

· Somente nos Estados Unidos, o ônus da doença é de aproximadamente US$ 30 bilhões por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde.

· No Brasil, dados do Datasus indicam que, em 2001, foram gastos cerca de R$ 100 milhões com internações de pacientes com DPOC.

· O índice de mortalidade da doença é altíssimo e muito preocupante. De acordo com o Datasus, morrem a cada hora mais de três brasileiros vitimados pela DPOC.

· Para detectar a DPOC, é necessário que o médico esteja atento aos sinais clínicos da doença, como a falta de ar persistente, que se manifesta em praticamente todos os casos.

· A espirometria (teste de função pulmonar) é o exame complementar utilizado na avaliação dos pacientes.

· A lesão pulmonar causada pela DPOC é irreversível, mas os sintomas podem ser tratados. Assim como o diabetes e a hipertensão, esta é uma doença que pode ser controlada e, quanto mais precoce for feito o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento.

· O primeiro passo no tratamento da DPOC é eliminar ou reduzir a contínua irritação pulmonar.

· Fumantes que abandonarem o hábito podem retardar a taxa de declínio da função pulmonar, mas a que já foi perdida não será recuperada.

· Existem tratamentos farmacológicos estabelecidos capazes de ajudar a tratar a DPOC e a controlar os principais sintomas, como o brometo de tiotrópio, um medicamento desenvolvido especificamente para o tratamento da doença, cuja eficácia já foi atestada em estudos clínicos.

· Dados publicados no European Respiratory Journal demonstram que o tratamento à base de brometo de tiotrópio interfere no curso clínico da DPOC, proporcionando redução da dispnéia (falta de ar), aumento das atividades físicas e melhora da qualidade de vida do paciente.

· A reabilitação pulmonar consiste em um programa de exercícios que tem por finalidade diminuir os sintomas da doença, tornando o dia-a-dia do paciente mais fácil. Dentre os métodos utilizados, estão a correção da postura corporal, o controle da freqüência respiratória em repouso e durante exercício, e técnicas de relaxamento.

· A oxigenoterapia consiste na inalação direta de oxigênio com o auxílio de máscara ou sonda, com o objetivo de prevenir complicações e aumentar a expectativa de vida dos pacientes portadores de DPOC grave.

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