12/09/2025  15h59
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Crônicas
22/08/2006 - 11h00
Treinando para votar
João Soares Neto - Agência Carta Maior
 

Em crônica que publiquei em 1987, dizia que os eleitores não têm o direito de reclamar dos políticos eleitos. Eles foram eleitos por nós. Tem o nosso jeito. Os eleitos são, quer queiramos ou não, parecidos conosco. Agora, neste 2006, haverá nova eleição. A que escolhe deputados estaduais e federais, um senador, vice e governador, vice e presidente da República. Deputados e senadores são delegados diretos do povo, não despachantes a serviço de eleitores. Governadores são gestores, administradores e controladores das várias e complexas faces dos estados. O presidente da República é o mais graduado funcionário público do país, e a ele compete gerir com equilíbrio, segurança e honradez uma nação que já seria maior não fora os incontáveis desvios acontecidos ao longo da história brasileira republicana.

Nada de novo no que escrevi, mas esta obviedade precisa ser repetida, entendida e vivenciada por eleitores e candidatos. Por incrível que pareça, algumas pessoas querem ser deputados porque não deram certo em outras atividades. Outros acreditam que exercem um cargo vitalício. Ser deputado é uma tarefa nobre, com tempo certo, e pressupõe que a pessoa exerce tal cargo com a dimensão da sua responsabilidade pública. O governador é um delegado-empregado da sociedade e a ela deve satisfações. O presidente é o funcionário público mais graduado do país. Tudo isso seria mais bem percebido se os partidos políticos tivessem a humildade de dar cursos de iniciação política e, principalmente, cuidassem que seus candidatos aprendessem, pelo menos, rudimentos de direito eleitoral, ética, noções de direito constitucional, representação popular, fidelidade partidária e por aí iria.

Por essa razão, tomo a liberdade de sugerir aos coordenadores dos cursos de direito que assumam essa função: escrevam cartilhas simplificadas com perguntas e respostas sobre eleições. A idéia deveria ser discutida com os alunos. Dessa forma, pelo menos na minha ótica, seus úteis ensinamentos poderiam - ou poderão - gerar uma aura benfazeja junto aos partidos políticos, candidatos, Justiça Eleitoral e até para a mídia que a repassaria aos eleitores. Ora, se não sei o que vem a ser um deputado ou senador, qual o compromisso que tenho como eleitor? Se não conheço os limites da responsabilidade fiscal, dos graves problemas de segurança pública e educação, como me atrever a bem escolher um governador? Saberei que o presidente é "o mais alto dignatário da República"? Ora, para ser dignatário é óbvio que precisa ser digno, preparado, capaz. Eleitores precisam de informações sobre os cargos e os candidatos, conhecer suas histórias de vida, seus atos públicos, ouvir menos propaganda enganosa e ter responsabilidade com os seus votos, pois não votam uma vez no dia 01 de outubro, mas várias. É tempo. Há tempo.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "CRÔNICAS"Índice das publicações sobre "CRÔNICAS"
31/12/2022 - 07h23 Enfim, `Arteado´!
30/12/2022 - 05h37 É pracabá
29/12/2022 - 06h33 Onde nascem os meus monstros
28/12/2022 - 06h39 Um Natal adulto
27/12/2022 - 07h36 Holy Night
26/12/2022 - 07h44 A vitória da Argentina
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.