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Opinião
24/08/2006 - 08h02
Prometer, todo mundo promete
Eleno Mendonça
 

Todos os candidatos têm propostas econômicas e, no papel, todas funcionam muito bem. Mas na hora de colocá-las em prática, bem, aí são outros 500. Propor é uma coisa, executar é outra. É isso que todo mundo deveria informar aos seus leitores. Uma boa saída para isso seria pegar todas as propostas feitas por governos e ver se agora, decorridos alguns anos de mandato, foram ou não cumpridas. Quando falo em candidatos, me refiro também aos candidatos a governador.

Do contrário, fica cada um dizendo o que bem entende. Quem está no poder, então, tem obrigação de dizer apenas o que de fato é possível de ser feito. Então, é só pegar lá atrás, há quatro anos, ver tudo o que foi dito e ver agora que nem metade se concluiu. Isso mostrará ao eleitor que não se pode acreditar em tudo o que se ouve. Quando o candidato é inexperiente então... Por exemplo, Heloísa Helena quase disse na Bandeirantes que não precisa do Congresso. Ora, todos sabemos que isso não é verdade.

Um país como o nosso, cheio de carências, precisa de medidas emergenciais e sem acordo viram medidas provisórias que dependem sim da votação do Congresso. Há o orçamento e as mudanças como reforma política, trabalhista e tributária, todas a depender do Congresso. Do contrário, seria então melhor economizarmos essa grama e virarmos uma ditadura. Nos países democráticos essa tentativa de consenso é que faz a sociedade caminhar da forma mais justa possível, reflexo do pensamento médio de seus políticos. Se os políticos, na média, são corruptos e mal preparados, bem, aí temos outro problema, mas não podemos nunca nos esquecer que são reflexo de nossa sociedade.

O Quércia incluiu em seu discurso que os professores precisam ganhar melhor. Como está há 15 anos fora do governo, talvez tenha esquecido que quando foi governador a classe dos professores foi uma das que menos recompôs a inflação. Mas não é culpa apenas do Quércia. Todo mundo, orientado por marqueteiros, sai com medidas mirabolantes, mágicas, como se fosse possível dar resultado assim, de uma hora para outra, em problemas que se arrastam por décadas.

Lógico também que acredito que o tempo permite ver os erros dos outros, tomar algumas decisões acertadas e com resultado melhor. Mas também haverá erros na condução de muitos assuntos e retrocesso em certas coisas que de um jeito ou outro dão certo hoje. O PT criticava as parcerias público privadas, mas aprovou o projeto. No Brasil, sem esse tipo de convênio, é impossível dar conta de tudo.

Enfim, cabe uma reflexão entre o que se promete e o que de fato se pode cumprir. Os jornalistas, que têm o poder de espalhar informação, têm a obrigado de mostrar o que dá e o que não dá para fazer.


Nota do Editor: Eleno Mendonça também assina uma coluna no site MegaBrasil, é diretor de Comunicação da DPZ e âncora da Bandnews. Ele passou pelo Estado de S. Paulo, onde ocupou cargos como o de chefe de Reportagem e editor da Economia, secretário de Redação, editor-executivo e editor-chefe, Folha de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil.

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